AFP
Novello Dariella
26 de set. de 2019
LVMH reduziu emissões de CO2 em 16% entre 2013 e 2018
AFP
Novello Dariella
26 de set. de 2019
A LVMH, líder mundial em luxo, anunciou na quarta-feira (25) que reduziu as suas emissões de CO2 em 16% entre 2013 e 2018, período no qual a sua atividade cresceu exponencialmente.
O presidente executivo da empresa, Bernard Arnault, apresentou um balanço sobre a política ambiental do grupo na quarta-feira, com a presença da designer britânica Stella McCartney, pioneira em moda ética e sustentável, que deixou o grupo rival Kering em julho para se juntar à LVMH.
A LVMH explicou que em vez de escolher o caminho da compensação, prefere reduzir as suas emissões de CO2, e deve atingir a meta estabelecida em 2012 de diminuir as emissões em 25% até 2020. O grupo, que tem mais de 160 mil funcionários globalmente, destacou que já reduziu as suas emissões de CO2 em 16% entre 2013 e 2018, "um período no qual as suas vendas cresceram muito fortemente".
Em 2013, a faturação do grupo foi de 29 mil milhões de euros, enquanto em 2018 esse número subiu para 46 mil milhões. A redução das emissões foi alcançada, principalmente, graças à diminuição no consumo de energia nas lojas do grupo, devido ao "aumento do uso de luzes LED".
Sylvie Bénard, diretora de meio ambiente do grupo, disse à AFP que só em 2018 o fundo interno de carbono, que conta com a contribuição das suas 70 marcas com base na emissão de gases de efeito estufa, arrecadou 12 milhões de euros.
O fundo, lançado em 2015, permitiu financiar 112 projetos de redução de CO2 no ano passado. Cada marca, em função das emissões de gases de efeito estufa geradas pelas suas atividades, centros de produção e lojas, paga uma contribuição de 30 euros por tonelada de CO2 produzido. "Esse dinheiro não é dado às organizações para limpar o nosso nome, mas é usado internamente para melhorar e reduzir as emissões. E isso é muito mais difícil do que encontrar uma organização para doar dinheiro para plantar árvores, por exemplo", disse Bernard Arnault
Para Sylvie Bénard, "existem muitas questões científicas sobre a plantação de árvores, porque podem tornar-se emissoras de CO2 no caso de uma onda de calor, uma vez que podem perder as folhas e não armazenar mais CO2".
No que diz respeito às matérias-primas, a LVMH também se comprometeu a garantir até 2025 “total rastreabilidade ao país de origem, ou mesmo à quinta, no caso de peles”.
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