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Estela Ataíde
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30 de jan. de 2019
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LVMH vai financiar marca de Nicolas Ghesquière

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Estela Ataíde
Publicado em
30 de jan. de 2019

A LVMH concordou financiar a criação e lançamento da marca do criador Nicolas Ghesquière, de acordo com declarações de fontes próximas ao assunto à FashionNetwork.com.


Nicolas Ghesquière Photo : LVMH


Delphine Arnault, filha do CEO da LVMH, Bernard Arnault, e vice-presidente executiva da Louis Vuitton, é a principal força motriz deste projeto. Delphine Arnault é uma grande admiradora da obra de Nicolas Ghesquière: em conjunto com o CEO Michael Burke, foi ela quem o contratou em 2013 para dirigir o prêt-à-porter feminino da Louis Vuitton, após a sua saída da Balenciaga.

Nicolas Ghesquière renovou o seu contrato com a Louis Vuitton no ano passado - de acordo com algumas fontes, o desenvolvimento da sua própria marca fazia parte do acordo. O momento exato do lançamento ainda não foi definido, mas os primeiros detalhes devem ser anunciados ainda durante este ano. A nova maison terá sede em Paris.

"Delphine é muito próxima de Nicolas, é ela quem está por trás deste projeto", confirma uma das nossas fontes. Delphine Arnault, anteriormente diretora-geral adjunta da Dior, tornou-se este ano a primeira dos cinco filhos de Bernard Arnault a integrar o comité executivo da LVMH.

Em várias ocasiões, Nicolas Ghesquière expressou publicamente a sua intenção de lançar a sua própria marca, mantendo-se discreto quanto ao calendário e à forma como a mesma seria financiada. Esta não é a primeira vez que a LVMH apoia o desenvolvimento da marca de um criador que trabalha para uma casa do grupo.
 
Foi o caso de Marc Jacobs, responsável pelo prêt-à-porter feminino da Louis Vuitton de 1997 a 2013, e de Michael Kors, que desenhou para a Céline, antes de deixar a maison em 2003 para se concentrar na sua própria marca nova-iorquina. Posteriormente, a LVMH vendeu a sua participação no capital da Michael Kors, lamentando essa decisão em 2011, durante a sua entrada em bolsa, que transformou o criador americano em multimilionário. Recentemente, a LVMH investiu em JW Anderson, o criador da Irlanda do Norte que lançou a sua própria marca em 2008 e é diretor artístico da Loewe desde 2013.

Na terça-feira, a LVMH anunciou que os seus resultados anuais superaram as suas próprias previsões, resultando num aumento de 5% no preço das suas ações. A divisão de moda e artigos de couro do grupo, liderada pela locomotiva Louis Vuitton, registou um aumento de 17% no seu volume de negócios no quarto trimestre, apesar dos receios de uma desaceleração na demanda na China e de uma perda de receita em França na sequência das demonstrações dos "coletes amarelos". Bernard Arnault declarou que esta dinâmica continuou no mês de janeiro, antes do período do Ano Novo Chinês.

Pela primeira vez em vários anos, Bernard Arnault concordou em revelar o volume de negócios da Louis Vuitton: este atingiu mais de 10 mil milhões de euros no ano passado. Segundo Arnault, a Fenty Beauty, a marca de cosméticos lançada por Rihanna em 2016, teve um sucesso fenomenal, com vendas de quase 500 milhões de euros no último exercício fiscal.

Quando questionado sobre se Rihanna pretende entrar na moda - e se a sua eventual marca de luxo seria apoiada pela LVMH, Bernard Arnault respondeu: "Trata-se de um sucesso incrível, que efetivamente nos poderá dar ideias; mas, por enquanto, ainda nada foi decidido."

Nem a LVMH, nem a Louis Vuitton, nem Nicolas Ghesquière quiseram comentar as informações deste artigo.

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