Agência LUSA
31 de mar. de 2014
MUDE abre nova exposição permanente com 190 peças
Agência LUSA
31 de mar. de 2014
Lisboa – O MUDE – Museu do Design e da Moda, em Lisboa, vai abrir na quinta-feira (3) a exposição permanente renovada, com 190 peças, mantendo o título "Único e Múltiplo", o discurso histórico e a organização cronológica.
Fonte do gabinete de comunicação do museu disse hoje à agência Lusa que a nova exposição permanente, a terceira desde a inauguração do MUDE, em 2009, tem inauguração marcada para quinta-feira, às 18:30, no piso zero.
Com a renovação integral das peças, o MUDE irá manter na exposição permanente a orientação histórica e cronológica para "permitir uma exploração pedagógica por parte de professores e estudantes, designers e público geral", explicou o museu.
Depois de "Ante-estreia" (2009-2011) e de "Único e Múltiplo" (2011-2014), o MUDE – Museu do Design e da Moda, Coleção Francisco Capelo irá apresentar na nova exposição permanente 190 peças entre objetos únicos, edições limitadas e produções em série.
Mobiliário, luminária, vestuário e acessórios, eletrodomésticos, pequenos objetos e dois veículos vão fazer parte da nova exposição, procurando "(re)inventar o presente e antecipar o futuro, ao mesmo tempo que construíam a imagem do último século, mostrando a evolução das formas e das silhuetas".
Segundo o museu, das 190 peças, 160 pertencem ao acervo fundador do museu, a Coleção Francisco Capelo, e as restantes 30 – sobretudo de design português – provêm de aquisições, doações e depósitos de designers e colecionadores.
Das 160 peças da Coleção Francisco Capelo, 93 são expostas ao público pela primeira vez, saindo das reservas. "Continuamos a aprofundar o estudo da coleção do museu, garantindo também a sua conservação, apresentação, divulgação e internacionalização, ao mesmo tempo que privilegiamos a apresentação, incorporação e conservação do design português, integrando-o na nossa mostra permanente", justifica o MUDE.
Ainda segundo a entidade, da Coleção Francisco Capelo, integram a exposição peças de autores menos conhecidos do grande público, mas importantes para o desenvolvimento do design, tais como Jean Pascaud, Ico Parisi & Louisa Parisi, André Bloc, Finn Juhl, Jean Pierre Vitrac, Gunter Beltzig.
Poul Volther, George J. Sowden, Borek Sipek, Dan Friedman, Garouste&Bonetti, Masanori Umeda, Martin Szekely, Romeo Gigli. Por outro lado, Ross Lovegrove, Marc Newson, Tom Dixon, Ron Arad, Michael Young e Jasper Morrison também vão estar representados.
No design de moda, incluem-se peças recentemente restauradas, juntamente com propostas dos estilistas Madame Grés, Hermès, Christian Dior, Chanel ou Pierre Balmain.
Entre os autores portugueses, agora mais representados, segundo o MUDE, vão estar peças de Pardal Monteiro, Eduardo Anahory, António Sena da Silva, António Garcia, Sebastião Rodrigues, Daciano da Costa, Filipe Alarcão, Marco Sousa Santos, e Pedro Silva Dias.
Através desta nova exposição, o museu pretende mostrar "os principais movimentos e estilos do século XX, desde a Art Déco ao Grupo Memphis, passando pelo funcionalismo dos anos 50, a Pop e a Space Age dos anos 60, chegando ao pluralismo da atualidade".
Para além da Fundação Calouste Gulbenkian e do Museu Nacional de Arte Antiga, instituições que depositaram peças que vão estar na nova exposição, o MUDE sublinha o facto de alguns designers e particulares terem doado obras para o acervo permanente do museu.
A exposição montada pela equipa do MUDE tem curadoria de Bárbara Coutinho, diretora do museu, e Anabela Becho, enquanto o design gráfico é de Paula Guimarães.
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