A Macy’s Inc., rede de lojas de departamentos, fundada na cidade norte-americana de Nova Iorque, informou que, com as lojas fechadas devido à pandemia do coronavírus COVID-19, prevê acumular perdas operacionais de até 1,11 biliões de dólares no primeiro trimestre.

"Prevemos que a nossa recuperação nas vendas seja gradual e que, por um período de tempo, nos tornemos numa empresa mais pequena", disse o CEO, Jeff Gennette, durante uma teleconferência com investidores, quinta-feira (21 de maio).
 
A crise de saúde mundial forçou retalhistas com lojas físicas a usarem linhas de crédito, demitir funcionários e suspender dividendos e recompras, numa tentativa de limitar as perdas a meio do processo de fecho de lojas.

Durante o mês de maio, vários retalhistas, incluindo a J.C. Penney Company Inc., o J Crew Group Inc. e o Neiman Marcus Group Inc., entraram num processo de falência, após a incapacidade de lidar com as incertezas do mercado e aumento das dívidas.

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A Macy's fechou 775 lojas a 18 de março e contratou o banco de investimentos Lazard Ltd para explorar opções de fortalecimento das finanças - informou a Reuters, em abril passado.
 
"Embora as vendas online tenham ajudado, não foram suficientes para compensar as perdas relacionadas com o fecho de lojas, e as vendas de roupas foram 'brandas', desde casacos a vestidos", disse Jeff Gennette. No entanto, ainda segundo o CEO, as joias finas, os artigos infantis e as peças para a casa foram categorias que tiveram um desempenho melhor durante a pandemia.
 
"A empresa continuará a monitorizar o comportamento do consumidor e a expandir as suas ofertas de alimentos embalados e muito mais", acrescentou Gennette.
 
Macy's, a maior operadora de lojas de departamento dos EUA em vendas, espera um prejuízo operacional entre 905 milhões e 1,11 biliões de dólares no primeiro trimestre, e vendas entre 3 biliões e 3,03 biliões de dólares, abaixo dos 5.5 biliões de dólares registados no mesmo período do ano passado. A perda exclui o valor recuperável estimado, os fluxos de caixa e os encargos por redução ao valor recuperável de ativos no trimestre.
 
A retalhista centenária, com 161 anos, começou a reabrir as lojas entre 4 e 21 de maio. Foram reabertas quase 190 lojas da Macy's e Neiman Marcus Group - cadeia americana de lojas de departamento de luxo que pertence à Macy's.

A Macy's espera reabrir a maioria das lojas no final de junho, incluindo sua flagship na Herald Square, que se estende por um quarteirão inteiro no coração de Manhattan, na cidade de Nova Iorque.

A empresa espera divulgar mais detalhes sobre o desempenho preliminar do primeiro trimestre, a 9 de junho, e divulgar o lucro do período no dia 1 de julho.