Mango diversifica oferta com linha para a casa
A marca de moda catalã dá o salto para a categoria do lar. Após o impacto da pandemia desde a primavera do ano passado, que provocou uma explosão nas vendas através da internet e a confirmação de tendências de moda mais desportivas e caseiras, a Mango quer posicionar-se na divisão de têxteis e artigos para o lar.

“O objetivo é estender a presença da marca nas casas dos seus clientes, para além dos seus armários”, comunicou a Mango sobre o lançamento da sua nova linha, acrescentando que, “desta forma, a empresa pode expandir a sua oferta comercial e prestar um melhor serviço aos seus clientes ao permitir a compra de produtos complementares”. Com a nova linha, a empresa de moda pretende aproveitar a onda do crescimento das compras de lar e decoração, motivado principalmente pelo confinamento, pelo teletrabalho e tantas outras restrições que têm feito com que, nos últimos meses, os potenciais clientes da marca passem mais tempo do que nunca em casa.
A nova oferta da Mango, que estará disponível a partir do segundo trimestre do ano, chegará com um primeiro lançamento na forma de coleção cápsula de produtos têxteis, que incluirá roupa de cama e banho ou têxteis para cozinha. Segundo antecipa a empresa com sede em Barcelona, os seus planos posteriores passam pela expansão progressiva da oferta para novas categorias de produto, como acessórios de mesa, e 80% das peças serão produzidas nas proximidades. Em termos de estilo, a coleção será caracterizada pela inspiração mediterrânea e o design contemporâneo com tons neutros e linhas depuradas. À venda numa dezena de países europeus, os itens poderão ser adquiridos através do e-commerce da marca, bem como mediante o uso de tablets por parte dos funcionários das lojas físicas.
“Os nossos clientes pediam-nos produtos para os seus lares”, garantiu o CEO da Mango, Toni Ruiz, acrescentando que estes “querem o mesmo conforto e estilo que procuram para se vestirem a decorar as divisões da sua casa”. Este futuro lançamento representará mais um passo em matéria de diversificação para a Mango, que no final de outubro entrou no activewear e vai reforçar o seu nível de competitividade perante outros gigantes da grande distribuição de moda que já contam com marcas ou linhas dedicadas, como H&M ou Zara Home.
Fundada em 1984, a empresa registou o seu máximo histórico em termos faturação em 2019 ao alcançar vendas de 2374 milhões de euros, 24% dos quais corresponderam ao canal online. A marca, que espera fechar 2020 com uma faturação de até 800 milhões apenas através do seu e-commerce, prevê atingir os mil milhões em vendas online este ano.
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