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Helena OSORIO
Publicado em
4 de mai. de 2020
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Marae: Do fabrico de 14.000 máscaras à confeção de casacos para a princesa Charlotte

Por
EFE
Traduzido por
Helena OSORIO
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4 de mai. de 2020

Zamora, 2 de maio (EFE) - A firma Marae deixou de fazer 14.000 máscaras altruisticamente nas últimas semanas para começar a produzir os casacos para a nova estação desta marca de moda infantil espanhola que a Princesa Charlotte de Cambridge, já usou por várias ocasiões, em eventos sociais.


Princesa Charlotte de Cambridge já usou casacos da Marae em vários eventos sociais - Instagram


A empresa têxtil, que tem a sua oficina em Coreses (Zamora), reabriu para a nova temporada com um mês de antecedência, com o único propósito de contribuir com a sua parte na luta contra o COVID-19, como detalhou um dos responsáveis da empresa, Raul Escudero.

A empresa começa normalmente a utilizar os padrões do vestuário para a próxima estação de outono-inverno, no início de maio, mas este ano antecipou a reabertura e transformou as instalações para mudar a produção de moda infantil e feminina em que é especializada, para a de material de proteção contra o novo coronavírus.

No total, produziu quase 14 000 máscaras, das quais mais de 12 000 foram doadas gratuitamente a lares de idosos, agências de aplicação da lei, farmácias e outros grupos que têm estado na linha da frente da luta contra a pandemia.

O restante foi comercializado a "um preço justo de 50 cêntimos por unidade" para poder pagar os materiais utilizados, enquanto os trabalhadores contribuíram com a mão-de-obra gratuitamente.


Foto da princesa Charlotte, tirada pela duquesa de Cambridge, sua mãe, enquanto a família ajudava a arrumar pacotes de alimentos para entregar a pensionistas isolados - Instagram


Raúl Escudero assegurou que o fizeram "como um serviço, tendo em conta a falta que havia e devido à urgência" e indicou que está satisfeito por ter evitado qualquer contágio, especialmente de grupos como os idosos, que têm um risco maior de falecer da doença.

Escudero convidou a refletir sobre o que aconteceu com a escassez de material de proteção, e que sirva de exemplo para todos a conveniência de consumir o produto nacional e apostar no fabrico nacional, embora este possa ser inicialmente um pouco mais caro.

A este respeito, afirmou que, se a situação decorrente da pandemia tivesse ocorrido há 15 ou 20 anos, não teria acontecido o descalabro de hoje porque existiam mais fábricas têxteis em Espanha que poderiam ter-se adaptado ao fabrico de máscaras.

Durante a semana passada, a empresa têxtil sediada em Zamora produziu as últimas unidades do material de proteção, começando também a confecionar os tecidos para os casacos e fatos para a próxima estação de outono-inverno.

Segunda-feira (4 de maio), os trabalhadores começaram a cortar os tecidos e a coser casacos como os que a filha do príncipe William, bisneta da monarca britânica usaram na última missa de Natal ou no seu primeiro dia de escola, ambos feitos pela Marae para a loja de moda infantil londrina Amaia Kids.


A princesa Charlottee o irmão mais velho, o príncipe George, no primeiro dia de escola - Instagram


A filha de Kate Middleton e do príncipe William completou cinco anos, sábado (2 de maio), data que festejou numa festa virtual. A família assinalou, ainda, a data com o gesto solidário de separar alimentos para doar a reformados isolados, devido ao surto do coronavírus COVID-19 no Reino Unido.

Como adiantou o jornal The Telegraph, os sacos continham massa fresca, preparada pela própria princesa e pelos irmãos, George, de seis anos, e Louis, de dois, com a ajuda dos pais, os duques de Cambridge.
 

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