Marcas de moda recorrem à tecnologia para comunicarem com fornecedores
As restrições generalizadas, no que respeita a viagens não essenciais e consequentes graves perturbações comerciais, levam as marcas de moda a recorrer à tecnologia para comunicarem com os fornecedores.
Equipas de design que anteriormente teriam viajado para fábricas na Ásia e outras regiões, para trabalharem no desenvolvimento de novos produtos, enfrentam agora a necessidade de abraçar a tecnologia para garantir a continuidade do fornecimento.
Michelle Russell, correspondente de vestuário da GlobalData, disse: "Os compradores têm agora de repensar como trabalhar com os fabricantes em encomendas e design de produtos."
Um caso em questão é o retalhista britânico de vestuário e artigos para casa Next, que está a considerar novos métodos como a videoconferência e a pedir aos fabricantes para enviarem amostras. O processo está a ajudar a recriar o contacto cara a cara que os compradores e fornecedores estão acostumados a ter.
As empresas de software também estão a intervir para ajudar, especialmente porque o número de pessoas a trabalhar, a partir de casa, continua a aumentar.
A Tukatech, por exemplo, está a oferecer aos clientes CAD, a oportunidade de mudar para uma licença sem custos, permitindo que trabalhem de qualquer lugar. E a Centric Software lançou uma série de pacotes de colaboração online de arranque rápido, concebidos para que marcas, retalhistas e fabricantes possam trabalhar remotamente.
A pandemia do coronavírus COVID-19 também causou uma interrupção significativa no sector de feiras comerciais, com muitos eventos comerciais a serem cancelados para ajudar a parar a propagação do vírus. Mas, em vez de admitirem a derrota, os organizadores estão a testar alternativas virtuais e outras digitais para manter os eventos em andamento.
Michelle Russell, da GlobalData, continua: "As empresas têm agora de encontrar novas formas de se manterem em contacto que talvez não tenham considerado anteriormente. Portanto, ter a tecnologia certa para permitir que uma empresa mantenha a comunicação, fluindo através de sua cadeia de abastecimentos, tornou-se agora imperativo para aqueles que querem permanecer operacionais".
Mais acrescenta que "sairão do processo com a capacidade de comunicar com potencialmente mais fabricantes do que acontecia anteriormente, e este pode ser o caso de muitos retalhistas e marcas. Inevitavelmente, encontrarão formas mais eficientes e rentáveis de trabalhar, assim que esta pandemia tiver terminado e o negócio normal for retomado".
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