Margiela inaugura novo conceito de loja na avenida Montaigne enquanto fundador da maison anuncia exposição conceptual em Paris
A Maison Margiela estreou uma nova loja na rua comercial mais movimentada de Paris, a avenida Montaigne, concebida para refletir a linguagem visual estabelecida na maison pelo diretor criativo John Galliano.

Enquanto isso, Martin Margiela – o designer de moda belga, fundador da marca – também tem estado ocupado, juntamente com a Lafayette Anticipations (a fundação da Galeries Lafayette e o principal espaço de arte contemporânea no Marais), anunciando segunda-feira (14 de dezembro) planos para uma próxima e estimulante exposição de novos conceitos desenvolvida pelo próprio Martin Margiela.
O duplo golpe independente sublinha a longevidade e amplitude da atração por Margiela, geralmente considerado o designer conceptual mais importante da moda.
"Desde os anos 80, a sua abordagem mudou profundamente o mundo da moda. De facto, nunca deixou de alargar as possibilidades aí existentes, através de desfiles, materiais e silhuetas que se tornaram revoluções conceptuais e estéticas. A exposição apresentada na Lafayette Anticipations, concebida como uma obra de arte plena, continua a ser a obsessão de Martin Margiela pela transformação", explicou a Lafayette Anticipations num comunicado.

A exposição de Martin Margiela estreará a 15 de abril e decorrerá até 25 de julho na Lafayette Anticipations, um centro cultural de vanguarda criado pelo grupo de lojas de departamento, Galeries Lafayette.
O objetivo é que a exposição "reúna uma vasta coleção de obras inéditas, produzidas na sua maioria no local, nas oficinas da Fundação, em torno de temas que sempre despertaram o artista: a passagem do tempo; o desaparecimento; o acaso; o mistério; a aura".
Do outro lado de Paris, a nova loja da maison de moda foi desenvolvida pela arquiteta holandesa Anne Holtrop que fundou o Studio Anne Holtrop, e introduziu no conjunto gesso acartonado do desfile da coleção de outono-inverno 2018 da Artisanal, a linha de alta costura da Maison Margiela.
De acordo com as representações de desconstrução no cerne dos desenhos de Galliano, a superfície das paredes de gesso foram feitas manualmente uma a uma; enquanto as formas familiares se inclinam e curvam, brincando com ideias do vestir à pressa nativas do vocabulário da Maison Margiela.

Com um acabamento na tonalidade natural do gesso, as estruturas refletem esse branco mate tantas vezes associado a Martin Margiela e às botas pintadas de branco com a assinatura do fundador.
O espaço é composto por uma mistura de estantes de travertino manchadas, mesas de exposição e bancos esculpidos; pormenores óticos brancos com resina epoxy; salas de prova de alto brilho verde-escuro e armários com verniz japonês. Uma loja conceptual de 250 metros quadrados aberta no sábado (12), a esfregar os ombros lado a lado com os da Dior, Chanel e Armani.
Esta loja traduz uma das quatro inaugurações com o novo conceito que inclui a de Bruton Street em Londres aberta este verão; a de Osaka em novembro e a do shopping Réel Mall em Xangai no próximo fim-de-semana. Subjacente ao objetivo do proprietário da marca Renzo Rosso de crescer rapidamente o seu próprio negócio de retalho, este trimestre eleva para 22 o número de boutiques autónomas da Maison Margiela em todo o mundo.
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