Ansa
Helena OSORIO
14 de jul. de 2020
Mario Boselli: "A China está sempre e cada vez mais próxima de Itália"
Ansa
Helena OSORIO
14 de jul. de 2020
"A China está sempre e cada vez mais próxima de Itália", são palavras de Mario Boselli, cavaleiro da Ordem do Mérito do Trabalho – criada em 1923, pelo rei Vítor Emanuel III de Itália. Também empresário têxtil, presidente do Istituto Italo Cinese (IIC) e antigo número um da Camera Nazionale della Moda Italiana (CNMI) de 1999 a 2015, da qual é agora presidente honorário.
"O mercado chinês", explica Boselli, "oferece cada vez mais oportunidades para as empresas italianas. No contexto da economia internacional que está a sofrer os efeitos da pandemia e dos ataques que os EUA estão a fazer à China, apenas há uma certeza: Só a solidariedade entre os Estados, para enfrentar problemas globais, pode mudar a face da crise e dar vida a novos cenários comerciais".
Mario Boselli foi nomeado, a 23 de abril último, presidente da Fondazione Italia-Cina, a organização criada por Cesare Romiti para promover o intercâmbio económico, cultural e político entre os dois países.
"Excluindo os avisos americanos", diz Boselli, "que há já algum tempo que a China quer explorar a crise económica em seu próprio benefício e que tem o limite de tornar o quadro de referência incerto e capaz de influenciar negativamente o comportamento das empresas. Seria apropriado cortar à raiz o sentimento anti-chinês que está a sedimentar-se também na Europa. A economia chinesa mudou nos últimos anos, alterando um cenário, produtivo e social, que de anarquista se tornou quase idêntico ao ocidental. Isto levou também a uma melhoria do nível de vida dos seus habitantes, o que significou que hoje, potencialmente, existem 400 milhões de novos consumidores. Isto também nos tempos atuais pós-pandémicos em que houve uma recuperação do consumo (em abril o aumento das vendas foi de +400%), de tal forma, que a bacia oriental é candidata a ser perfeita para acolher empresas italianas e atuar como força motriz da economia do Belpaese. Temos de confiar no acordo que acaba de ser assinado entre a China e Itália, a chamada Rota da Seda, que, se não deixar de suscitar perplexidade em alguns países, esconde muitas oportunidades".
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