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Jornal T
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25 de fev. de 2022
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Marrocos é a extensão ideal para os têxteis nacionais

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Jornal T
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25 de fev. de 2022

Proximidade e acessibilidade, competência industrial, disponibilidade de mão-de-obra, conforto aduaneiro tanto com a União Europeia como com os Estados Unidos e um histórico antigo de ligação com o setor têxtil português, fazem de Marrocos uma extensão natural para as empresas nacionais.



Num workshop organizado na Associação Empresarial de Portugal (AEP) esta quinta-feira, a Associação Marroquina da Indústria Têxtil e do Vestuário especificou as mais-valias do mercado e apresentou as virtualidades da presença portuguesa na próxima Marroque in Mode, que terá lugar em Casablanca no próximo mês de março.

Para Paulo Vaz, administrador da AEP e consultor da ATP, o mercado marroquino “é de grande interesse para a indústria nacional, especialmente para a confeção”, não só por todas as caraterísticas já elencadas, mas também – facto que não será do conhecimento comum – porque “tem um ‘Free Trade Agreement’ não só com a União Europeia, mas também com os Estados Unidos. Ou seja, as empresas portuguesas, uma vez adquirida a proveniência marroquina mas mantendo em Portugal o seu centro de decisão, podem a partir dali chegar de forma preferencial ao mercado norte-americano”, que encerra um grande potencial de crescimento pós-pandémico.

Por outro lado, disse ainda Paulo Vaz – e sendo certo que a falta de mão-de-obra em Portugal é um problema crescente, “agravado pelo facto de, até 2030, cerca de 60 mil colaboradores do setor passarão à reforma” – o manancial de crescimento de mão-de-obra “é imenso”. E já existe: “há cerca de 160 mil trabalhadores em Marrocos e muita disponibilidade em termos de jovens a entrar no mercado de trabalho”.

Outro aspeto essencial é o histórico de ligação entre as indústrias portuguesa e marroquina, o que implica que qualquer aposta naquele mercado está à partida salvaguardada de surpresas negativas. “Há uma ligação forte” entre as duas margens do Mediterrâneo, recordou Paulo Vaz.

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