Reuters
Helena OSORIO
22 de abr. de 2022
Mercado castiga Kering dececionado com vendas da Gucci
Reuters
Helena OSORIO
22 de abr. de 2022
As ações da Kering caíram drasticamente, na sexta-feira, após a publicação das vendas do primeiro trimestre, com o grupo francês a reportar vendas dececionantes para a Gucci, devido ao encerramento de lojas na China.
Às 12h05, as ações do grupo de luxo perderam 5,5% para 523,5 euros, registando a maior queda no CAC 40, que caiu 1,72% ao mesmo tempo.
A Kering relatou vendas ligeiramente superiores às previstas no primeiro trimestre de 4,96 mil milhões de euros, mas as vendas da Gucci com uma subida de 13%, ficaram aquém das previsões dos analistas de 18%.
"A Gucci é uma marca importante na China, onde ainda é considerada 'luxo de consumo': precisa de um bom desempenho em termos de pedalada", disse a nova-iorquina Jefferies. "Isto é um golpe!", acrescenta a analista financeira, observando que 40% das lojas chinesas estão a sofrer perturbações devido às restrições sanitárias.
"Apesar de uma avaliação pouco exigente, esperamos que as ações da Kering estejam ainda hoje sob maior pressão", frisou por sua vez a JP Morgan, líder mundial em serviços financeiros de Nova Iorque.
O impacto foi também sentido por outros stocks do sector, tais como os da Burberry e Hermès, que desceram 2,2% e 1,43% respetivamente às 12h05, devido à sua forte exposição à China.
(Reportagem de Clément Martinot, com versão francesa de Augustin Turpin; edição de Kate Entringer)
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