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Novello Dariella
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12 de nov. de 2018
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Mercado de luxo irá crescer 7% em 2018

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Novello Dariella
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12 de nov. de 2018

A Bain & Company confirmou suas estimativas para 2018, ao menos em moeda constante. Durante o Vogue Fashion Festival, que aconteceu nos dias 9 e 10 de novembro em Paris, Joëlle de Montgolfier, diretora do pólo de estudos e pesquisa da consultoria, adiantou que o relatório anual, que será divulgado no final deste mês, irá revelar receitas globais de cerca de 280 bilhões de euros em artigos pessoais de luxo (moda, jóias, artigos de couro, beleza, entre outros).


Joëlle de Montgolfier, da Bain & Company, durante o Vogue Fashion Festival, em 9 de novembro. - FashionNetwork.com


Este valor encontra-se dentro da estimativa estabelecida pela consultoria no início deste ano e corresponde à um crescimento global de 7% em moeda constante. "Por outro lado, dada a volatilidade particularmente acentuada das moedas neste ano, estaremos abaixo da faixa de 6-8% à taxa de câmbio corrente”, explica Joëlle de Montgolfier. 2018, portanto, vai confirmar a retomada em 2017, com uma notável recuperação, ainda mais forte. "A recuperação do mercado da China continental foi confirmada em 2018 e está acelerando", diz a diretora.

A saúde do setor ainda pode ser uma armadilha para as empresas que atuam na indústria do luxo, de acordo com Joelle de Montgolfier. ""Temos sorte de o setor estar funcionando tão bem, mas também é um perigo. Algumas marcas não conseguem medir a urgência de reformular seus modelos", afirmou Montgolfier no palco do Vogue Fashion Festival. "Podemos continuar a surfar na onda, mas devemos entender que a onda não vai durar pra sempre", acrescentou, insinuando questões relacionadas aos canais digitais, conhecimento do cliente, millennials, a agilidade das grandes marcas históricas de luxo, mas também ao desenvolvimento sustentável.

Sobre esse assunto, Joëlle ressalta que "ainda não tivemos um grande escândalo nas marcas de luxo em termos de desenvolvimento sustentável. Até o momento, poucas questões foram levantadas, como o bem-estar animal, por exemplo. E eu acredito que as marcas geralmente têm reagido rápido nestas questões. Mas é importante ter cuidado, pois podemos rapidamente ficar sobrecarregados por certas controvérsias, como nas indústrias de couro e pedras preciosas, por exemplo. O potencial de danos é claramente agravado hoje em dia". 

Segundo ela, também vale a pena notar que, além de ter um impacto potencialmente negativo na imagem de uma marca, esse tipo de problema também é analisado de perto pelos investidores da indústria de luxo em suas avaliações de risco. Após este ano, quando o crescimento deve girar em torno de 7% em moeda constante, a Bain & Company estima que o progresso cairá para 4% ou 5% nos próximos anos. "Nós não teremos mais um crescimento de dois dígitos", adverte Joelle de Montgolfier.

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