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16 de out. de 2014
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Mercado ibérico: depois de 7 anos de quedas, confeção recupera-se

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Europa Press
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16 de out. de 2014

Madri – O mercado retalhista de confeção em Espanha e Portugal verá as suas vendas crescerem 2%, ascendendo a 20,400 milhões de euros, puxado pelo melhor comportamento do consumo, o que colocará fim a um período de sete anos de quedas, de acordo com um comunicado da consultadoria DBK.

De concreto, em Espanha, a faturação das lojas crescerá cerca de 2,5%, graças à retomada do consumo, apesar da forte concorrência de preços entre as principais redes, enquanto o valor de mercado português ainda cairá ligeiramente este 2014, retardando a recuperação para o ano de 2015.

Tanto em Espanha como em Portugal, a contração do volume de negócios foi especialmente significativa no seguimento de retalhistas independentes. | Foto: Corbis. - Corbis


Em 2015, o valor do mercado ibérico pode alcançar um crescimento próximo dos 4%, ascendendo a cerca de 21,200 milhões de euros.

Segundo a DBK, as vendas do comércio retalhista de confeção em Espanha e Portugal sofreram uma redução de 3,3% em 2013, para 20,025 milhões de euros, o que corresponde a mais da metade das redes especializadas. Desde as máximas alcançadas em 2006, o mercado ibérico perdeu cerca de 25% do seu valor.

O valor do mercado em Espanha ficou em 16,600 milhões de euros, depois de registar igualmente uma queda de 3,3%, mantendo a tendência de baixa observada nos exercícios fiscais anteriores. Já o mercado português chegou aos 3,425 milhões, sofrendo uma queda de 3,1% em comparação com o ano de 2012, no qual havia contabilizado um retrocesso de 6%.

A contração do consumo dos lares e a fraqueza dos preços de venda, num contexto de aplicação de agressivas campanhas de promoções e descontos por parte dos operadores, a fim de dinamizar a demanda, foram as causas determinantes do prolongamento da fase descendente do mercado.

Tanto em Espanha como em Portugal, a contração do volume de negócios foi especialmente significativa no seguimento de retalhistas independentes, cuja faturação contabilizou quedas de 10% e de 7% respetivamente, em 2013.

Por seu turno, o volume de negócios no seguimento dos super e hipermercados registou uma queda de aproximadamente 3% em ambos os países, enquanto as redes especializadas, que continuam a ganhar parcelas de mercado graças aos seus planos de expansão, alcançaram em 2013 uma faturação similar àquela do ano anterior.

Em dezembro de 2013, encontrava-se em operação, no conjunto do mercado ibérico, um total de 74.200 estabelecimentos de venda retalhista de confeção, um número que sofreu uma redução de quase 20%, desde as máximas alcançadas em 2006.

Em Espanha existiam cerca de 60.000 lojas em 2013, ou seja, 0,3% menos que em 2012, ao passo que em Portugal o número de empresas presentes no setor era de algo em torno de 12.000.

Os cinco principais operadores do mercado ibérico alcançaram em 2013 uma parcela, sobre o valor total das vendas, de 48%. Em Espanha, as cinco principais empresas representaram a metade do mercado. Em Portugal, a representação foi de 32%.

Este texto foi escrito ao abrigo do novo Acordo Ortográfico

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