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15 de dez. de 2021
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Moda italiana espera faturar 82 mil milhões de euros em 2021

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Novello Dariella
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15 de dez. de 2021

A indústria da moda italiana começa a ver a luz no fim do túnel. De acordo com os últimos dados publicados pela Camera Nazionale della Moda Italiana (CNMI), a faturação do setor, que inclui têxteis, vestuário, acessórios, joias e beleza, é estimada em 82,85 mil milhões de euros em 2021, um aumento de 20,5% num ano. Mas, ainda está abaixo do nível de 2019, quando atingiu 90,2 mil milhões, o que representa uma queda de 23,8%.


Carlo Capasa, presidente daCamera Nazionale della Moda Italiana - CNMI


“Recuperamos 16 mil milhões, mas ainda faltam oito”, comentou o presidente da CNMI, Carlo Capasa, durante uma conferência realizada, na segunda-feira (13 de dezembro), aquando da apresentação da programação da Milano Fashion Week de janeiro.

O mercado italiano, que apresentou um forte crescimento no primeiro e segundo trimestres (+24% no semestre), está a estabilizar e registou uma desaceleração entre julho e setembro, uma vez que o aumento das vendas durante o terceiro trimestre de 2021 foi de apenas 8,6%, em comparação com o mesmo período do ano passado.

Essa mesma tendência reflete-se nas vendas internacionais, com alta no primeiro semestre e desaceleração no terceiro trimestre. No entanto, as exportações de moda italiana estão perto do pico antes da pandemia. Assim, em 2021, as exportações devem aumentar 21%, chegando a 67,9 mil milhões de euros, segundo projeções da CNMI. Em 2019, atingiram 71,5 mil milhões, antes de caírem 21,5% no ano seguinte devido à crise causada pela doença de COVID-19
 
Nos primeiros nove meses do ano, as exportações de produtos Made in Italy para os 27 países da União Europeia aumentaram 15,7%, sendo 18,2% para os restantes países do mundo. Dispararam 55,2% para a China, 31,2% para os Estados Unidos e 20,6% para a Rússia.

Paralelamente, as importações caíram 2,7%, “em grande parte devido às dificuldades logísticas e de abastecimento em países não europeus (-13,2%) e em particular na China e nos países do Leste Asiático (-13,2%), que também afetaram o abastecimento dos mercados italianos”, destaca o estudo, que indica também que, por outro lado, as importações dos países europeus para a Itália aumentaram 12,7%.

"Em 2021, as importações de Itália devem chegar a 34,7 mil milhões de euros, em comparação com 39,2 mil milhões em 2019. O valor diminuiu 5 mil milhões, não apenas devido a problemas de fornecimento de matéria-prima na Ásia e no resto do mundo, mas também porque há cada vez mais produções têxteis em Itália”, explicou Carlo Capasa.

Posto isto, só o saldo comercial positivo, previsto em 33,2 mil milhões de euros, deverá atingir e superar em 2021 o nível de 2019, quando se situou em 32,2 mil milhões de euros.
 
“A moda é o segundo maior setor industrial de Itália. Emprega quase 600.000 pessoas diretamente e outras tantas indiretamente através do comércio e do setor de serviços. Quase todas as grandes marcas de moda internacionais fabricam as suas coleções com os nossos artesãos”, salientou Capasa, reforçando mais uma vez o dinamismo e o papel que a indústria italiana desempenha a nível europeu.
 

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