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Helena OSORIO
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7 de mar. de 2020
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Moda para noivas ecologicamente correta

Traduzido por
Helena OSORIO
Publicado em
7 de mar. de 2020

As atitudes em relação ao vestido branco de noiva, vestal, estão a mudar. Várias marcas lançam novas propostas a favor da responsabilidade social e ambiental no mundo do casamento. A doação, a reutilização, o aluguer são soluções que garantem o uso destes vestidos noutras ocasiões, evitando que sejam religiosamente guardados em porta-fatos, armários ou arcas.


Pronovias e a modelo americana Ashley Graham lançam coleção para noivas - Pronovias


O grupo Pronovias decidiu, no início deste ano, lançar a proposta que dá uma segunda vida aos vestidos de noiva, a chamada "MyDressHerFuture". A marca global no mercado de casamentos encoraja os clientes a entregarem os seus vestidos nas lojas, assim que a cerimónia termina, para que sejam entregues à associação britânica Brides do Good. Esta instituição ajuda as mulheres em situações vulneráveis e combate os casamentos forçados, recorrendo à revenda destes vestidos em segunda mão.

"Encontramos no Brides do Good um parceiro ideal para construir uma relação de longo prazo, tanto em termos do impacto positivo que podemos ter nas mulheres, como para estabelecer - ou pelo menos esperamos estabelecer - um novo padrão num setor onde tudo é deitado fora e onde a sustentabilidade dos produtos tem sido lenta na aceitação", reconhece Amandine Ohayon, Diretora Geral da Pronovias.

Em vez de doação após o uso, o aluguer de roupas de noiva também surgiu nas últimas temporadas. Em França, a Graine de Coton (venda de depósito e aluguer de vestidos de noiva), Ma Bonne Amie ou Oh My Robe fizeram deste negócio a sua especialidade, enquanto o site Vinted está cheio de vestidos de noiva em segunda mão.


Mellennials propõe a reutalização do vestido de noiva


Na medida em que o casamento caiu em desuso (221.000 uniões foram celebradas em França no ano de 2019, em comparação com 300.000 nos 20 anos anteriores; se bem que, em Portugal, a tendência é de aumento desde 2015, registando um boom em 2018 como não acontecia há sete anos), o vestido de noiva tornou-se gradualmente menos sagrado e já não é necessariamente visto como uma peça para ser guardada num armário durante toda a vida. Especialmente para a geração mais jovem.

Um relatório da Stylight afirma que a Geração Y está a manifestar uma verdadeira loucura pelos chamados vestidos reutilizáveis, ou seja, escolher um traje para o Dia D que possa ser usado noutras ocasiões. A tendência já não é para folhos exuberantes nem para a sobreposição de tules. O motor de busca também especifica que o orçamento médio é de 821 euros para um vestido identificado online. Um canal de vendas na web que está a tornar-se cada vez mais importante neste tipo de equipamento. Entre as marcas mais aclamadas, temos a Mellennials, a Stylight citando a Reformation (que se concentra apenas nesta cerimónia), a Self Portrait ou ainda a Les Rêveries.

Chocado com os novos desejos das futuras esposas, que se voltam para as etiquetas de pronto-a-vestir generalistas, e também para a distribuição em massa, o mercado de casamentos assistiu ao colapso de um dos seus pilares históricos em França: A tradicional Pronuptia foi pura e simplesmente liquidada, o mês passado, com a falência que se arrastou com a crise desde 2008.
 

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