Moda premium bate a moda de rua e ultra luxo em Love the Sales
As marcas de moda de rua e de luxo estão a lutar no Reino Unido, com a procura online a cair 179% e 34%, respectivamente, numa base anual, como mostram os novos dados do relatório mensal do Love the Sales, com todas as vendas de todas as marcas favoritas.
O último relatório mensal de quarta-feira (22 de abril), do site LovetheSales.com, líder em vendas online, com parcerias com mais de 850 dos maiores retalhistas do mundo, mostrou que os consumidores que ainda estão a fazer compras se concentram noutros produtos que não os da moda e vestuário, tais como artigos de jardim. Os preços destes produtos têm subido, à medida que a procura aumenta fortemente.
Pelo contrário, as pesquisas online de marcas de moda de rua e de luxo caíram em meados de abril, em comparação com a mesma época no ano passado. E, como também mostram os números, as marcas de rua são as que mais sofrem, uma vez que segundo as pesquisas online de roupa de marcas mais baratas, as vendas caíram quase 180%. Talvez seja compreensível que o interesse pelos artigos de luxo tenha diminuído menos acentuadamente, partindo do princípio que os consumidores nesta área estão menos preocupados com as suas finanças.
Mas, a queda de 34% no interesse geral, continua a ser um sinal de que alguns consumidores abastados podem estar a antecipar um ambiente financeiro mais duro e exigente. Parecem ter desviado o seu interesse das marcas de luxo de gama alta, como a Burberry e a Gucci, para se focarem em marcas de luxo como a Ralph Lauren, Calvin Klein e outras, onde as buscas aumentaram 18%.
No que se refere a categorias específicas, o site Love the Sales também regista que as buscas de malas caíram 74% de ano para ano e que as buscas de bagagem de cabina diminuíram 64% - o que não é de surpreender, dado o bloqueio e a restrição de viagens.
O Love the Sales revela, ainda, que as buscas de malas de mão diminuíram 46%, numa base anual, e as buscas de malas de porão diminuíram 63%, numa base anual.
As buscas de vestuário diminuíram 33%, apesar de este ser normalmente o período do pico das vendas de vestuário. Entretanto, a procura de fatos de brincar desceu 54%, mas a procura de roupa de sala aumentou 411%.
Os números mostram que alguns outros produtos também estão em expansão. Após o #pillowchallenge ter ficado viral no Instagram, os compradores têm mostrado interesse em cintos de estilistas. As pesquisas de cintos Gucci aumentaram 71% de mês a mês. As buscas de cintos Off-White e Moschino aumentaram 65% e 59%, respectivamente.
A Netflix mostra que o Tiger King também parece ter influenciado o aumento do interesse pelo vestuário estampado a pele de tigre, o que representa um aumento de 90%. Kenzo, com o seu logótipo de tigre, tem beneficiado desde o lançamento, com a procura do seu logótipo a aumentar 126% mês após mês.
As pantufas Ugg estão a revelar-se muito populares entre os compradores, com as páginas vistas para o calçado a dispararem 66% de aumento de ano para ano, enquanto a lingerie premium aumentou 42%. Os teddies de renda, suspensórios e tangas são os produtos mais populares para os clientes do Reino Unido e as marcas Agent Provocateur e Ann Summers foram as que mais beneficiaram desta tendência, com uma procura de 49% e 42%, respectivamente, em relação ao ano anterior.
Em Portugal, com base no mesmo site de pesquisa, a preferência vai também em geral para a Raph Lauren, e ainda para marcas como a Armani, Hugo Boss, Lacoste, Michael Kors, Mustang, River Island, entre outras. Sendo que a lingerie eleita é a da Adidas e Calvin Klein.
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