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Traduzido por
Estela Ataíde
Publicado em
29 de set. de 2020
Tempo de leitura
5 Minutos
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Moda renasce em Milão

Traduzido por
Estela Ataíde
Publicado em
29 de set. de 2020

Longe do fiasco vaticinado por alguns, a fashion week de Milão terminou na segunda-feira com um balanço mais do que honroso. A Câmara da Moda Italiana (CNMI) mostrou a sua capacidade de gerir o evento com toda a segurança sanitária, organizando uma semana que marca efetivamente a entrada da moda numa nova era. Também ofereceu a todos os players do mercado, presentes em Milão ou que acompanharam o evento do outro lado do mundo, a doce sensação de um regresso à normalidade.
 

Marco Rambaldi escolheu desfilar as suas modelos na rua - ph Dominique Muret


Primeiro ponto positivo. É a primeira vez que uma fashion week apresenta um impacto ambiental tão baixo. Nunca o centro de Milão esteve tão fluido em tal período. Tráfego zero, sem agitação, sem histeria. São muito os que admitem, disfarçadamente, que "desta vez foi muito melhor". Aproveitar para apreciar um desfile, sem correr logo para o próximo, aproveitar o momento num convívio, compartilhar emoções com uma comunidade... Estas foram as novas sensações que esta semana milanesa ofereceu, não tendo sido menos densa por isso.
 
Com 21 desfiles físicos em cinco dias (contra 19 em oito dias para Paris) e diversos encontros e apresentações paralelas, que contaram com um grande público graças à maior disponibilidade de compradores e da imprensa, mas também graças ao digital, o evento deu, paradoxalmente, a impressão de ser mais rico do que no passado.

“Tendo em conta, claro, a situação atual, correu muito bem. Queríamos mostrar ao mundo que é possível continuar, convivendo com o vírus, e conseguimos. Estes desfiles mostraram a resiliência das marcas e empresas italianas, que conseguiram adaptar-se apesar das enormes dificuldades causadas pela pandemia de Covid-19”, congratula o presidente da Camera della Moda, Carlo Capasa.


A Philosophy desfilou num jardim com toda a segurança - ph Dominique Muret

 
“Muitas pessoas nos parabenizaram, dizendo que se sentiram seguras em todos os momentos em Milão graças às medidas adotadas”, acrescenta, destacando também “o incrível impacto que o digital teve, com mais de 20 milhões de visitantes online". Algumas centenas de jornalistas puderam fazer a viagem (contra alguns milhares habitualmente), principalmente alemães, espanhóis, ingleses, suíços e escandinavos, mas também alguns japoneses e muitos russos.
 
De acordo com os primeiros números divulgados pela Câmara da Moda, a sua plataforma digital registou nesta fashion week um salto de 125% em relação à semana milanesa masculina de julho, em termos de público. Gerou 825.552 visualizações diretas, enquanto o seu espaço “Live Room” hospedado pela gigante chinesa Tencent registou 26,1 milhões de visualizações.
 

Desfiles ao ar livre



As casas competiram em termos de imaginação para garantir a segurança dos seus convidados e das suas equipas. Um grande número de desfiles foram assim organizados ao ar livre, sob as arcadas dos majestosos pátios de muitos palácios milaneses, e nos seus jardins, ou mesmo na rua, como o de Marco Rambaldi na Via Lecco, ou mesmo no fundo de uma piscina ao ar livre para a Sunnei.
 
Na maioria das vezes, as casas distribuíram máscaras e respeitaram rigorosamente as distâncias entre cada espectador. O distanciamento não significava, no entanto, salas vazias. A Dolce & Gabbana, que acolheu um terço da capacidade habitual no seu teatro, teve, por exemplo, 350 convidados. E, em todo o lado, tínhamos a sensação de assistir a um desfile normal.


Disciplina e distanciamento mesmo debaixo de chuva na Sunnei - ph Dominique Muret


“Estes desfiles fizeram sentido e acho que se deveria ter feito mais. Na minha opinião, os vídeos digitais não deixam nenhum sinal. É certo que Milão estava meio deserta, mas já o esperávamos. Sabemos que nos espera outro ano idêntico”, diz Riccardo Grassi à frente do seu showroom homónimo. Em comparação com julho, o distribuidor de moda italiano duplicou o número de visitantes da sua plataforma online com esta fashion week, mas fisicamente o seu showroom tem 90% menos visitas em comparação com o inverno passado.
 
Beppe Angiolini, proprietário da loja Sugar, em Arezzo, também mostra a sua satisfação por esta semana phygital, que considerou bem equilibrada entre espetáculos físicos e vídeos. Alguns deixaram a sua marca e alimentaram as discussões junto das passarelas, como a ansiosamente esperada Prada, com Raf Simons pela primeira vez ao leme ao lado de Miuccia Prada.

“O momento é especial e, diante dos desafios, nem todas as coleções eram de primeira categoria, mas comprei muito”, afirma o retalhista. “É verdade que se sentiu o impacto do confinamento em certas coleções produzidas com menos recursos e tempo.
 
No geral, os criadores milaneses voltaram a uma moda essencial e concreta. Uma veia minimalista atravessou grande parte dos desfiles com inúmeros total looks e roupas monocromáticas em tonalidades sorbet ou neutros. A ênfase foi colocada em algumas peças incontornáveis, como o fato, o vestido de alças finas, a camisa de homem, os calções, a saia.


Valentino escolheu um hangar imenso e arejado - ph Dominique Muret


De realçar a utilização principalmente de tecidos técnicos, como o nylon, ou de materiais clássicos como o algodão e a seda, além da presença abundante de malhas e rendas. Por outro lado, os estilistas fizeram pouco uso de estampados ou decorações. À exceção das plumas, que utilizaram para embelezar certos looks, como que para lançar um apelo urgente por leveza.

Mais do que com designs e estampados, os estilistas brincaram com desenhos gráficos ou padrões geométricos, como bolinhas ou o xadrez. A outra grande tendência foi o patchwork, com a ideia subjacente de economizar e reciclar utilizando as sobras de tecido disponíveis. A Dolce & Gabbana construiu uma coleção inteira sobre este tema.

Além disso, não escapou a ninguém que muitas casas recorreram a modelos de todas as idades, de todas as esferas da vida, incluindo modelos com tamanhos grandes. como a Fendi e a Versace. No fim de contas, Milão teve direito a uma verdadeira fashion week responsável.

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