Mulberry: vendas e lucros superam previsões

A marca de luxo britânica, Mulberry, divulgou na terça-feira (29 de março) uma atualização comercial positiva, embora breve, na qual indicou ter registado vendas "robustas" no segundo semestre do seu ano fiscal, que termina no dia 2 de abril.

Esta consolidação da marca amplia ainda mais o seu impressionante desempenho de vendas visto no primeiro semestre e significa que as receitas anuais do grupo serão "moderadamente melhores" do que as expectativas atuais. A empresa acrescentou que as suas margens brutas permaneceram inalteradas.

Esta é uma boa notícia para a Mulberry, que passou por vários altos e baixos nos últimos anos, sendo este um sinal claro de que está a recuperar bem do período pandémico.

A empresa acrescentou que aproveitou a oportunidade para intensificar os seus investimentos em marketing no segundo semestre do ano para aumentar ainda mais a sua brand awareness. E apesar dessa despesa extra, o seu lucro anual também ficará moderadamente acima das expectativas atuais.

Como o balanço do grupo permanece sólido, com saldos de caixa líquidos que devem exceder 20 milhões de libras (23,61 milhões de euros), a Mulberry parece estar numa boa posição.

A atualização encorajadora ocorre após um período em que a empresa esteve muito ocupada com o lançamento da sua nova linha de bolsas “Softie”, além de colaborações com Nicholas Daley e Richard Malone. A Mulberry também aumentou a produção no Reino Unido, com cerca de 60% dos seus produtos a serem fabricados na Grã-Bretanha em novembro do ano passado, em comparação com 50% anteriormente.

Além da indicação de 20 milhões de libras, a Mulberry não forneceu números para as suas receitas e lucros, pelo que teremos de esperar até que os resultados do ano completo sejam anunciados no dia 29 de junho.

O valor das ações da empresa subiu na pré-abertura do mercado de ações, na terça-feira (29), negociando em torno de 300 pence (cerca de 3,6 euros), com uma capitalização de mercado total de pouco mais de 180 milhões de libras (212,45 milhões de euros). Um valor 50% superior àquele até 8 de março e quase 15% superior ao do ano passado. No entanto, há uma década, uma das suas ações estava a ser negociada a 2.249 pence (cerca de 0,03 cêntimos).

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