MY.YÔ: uma marca “dos pés à cabeça" para miúdos e graúdos

A MY.YÔ mais do que uma marca é um conceito de roupa de peças que se vestem por inteiro, uma marca “dos pés à cabeça", pode ler-se no site da MY.YÔ lançada no dia 1 de maio, pelas irmãs Joana Amaral Craveiro e Cristina Craveiro.

Trata-se de uma marca 100% portuguesa, acabada de lançar, especializada na criação de peças de roupa originais versáteis e duráveis. Aliás, o próprio nome MY.YÔ (maillot) "define uma peça de roupa 'inteira', originalmente feita em malha e maioritariamente feminina", diz a marca portuense.

"Integral e cuidadosamente desenhada e produzida em Portugal, com recurso a materiais orgânicos, naturais ou reciclados, a marca procura valores assentes numa economia consciente na poupança de recursos e numa produção equilibrada e justa para todos os que constroem este projeto", pode também ler-se no site da MY.YÔ.

Para já existem dois modelos: o T.R.P.D. Tira - Rapa Põe ou Deixa, que é o nome de um jogo popular Português que lança o mote deste modelo de jardineiras e dá início a todo o processo da criação da marca; e o Pé de Galinha, cujo nome também deriva de um jogo tradicional, “da cama do gato”, que se joga a duas ou quatro mãos com um cordel.

Ainda segundo o site, o projeto, que tem também uma vertente lúdica, posiciona-se como um negócio de peças que se vestem por inteiro, sendo a primeira coleção designada ECÓTONO (conceito da biologia), precisamente uma área de transição entre comunidades ecológicas. "Um espaço com identidade própria mas que absorve características dos ecossistemas contíguos", explica melhor a MY.YÔ.

ÉCOTONO é assim o conceito que dá vida à primeira coleção da MY.YÔ, "que se posiciona entre dois sistemas; as 'raízes da nossa identidade', a tradição e na “vida, no dia-a-dia' a verdadeira inspiração do que projetamos para o futuro".

A ideia é partir de Portugal para o mundo, considerando cada caminho traçado como o "resultado da intensidade da nossa força, da persistência e da consistência dos nossos passos, e do desejo e da vontade do nosso percurso", frisa a MY.YÔ.

As irmãs, que são ambas arquitetas de formação, pensaram na marca como um recuar à infância que as une, mas também contando com a ligação entre pais e filhos, dando continuidade à própria experiência de vida.

Se em crianças Cristina e Joana eram vestidas pela mãe com modelos iguais de jardineiras – peças afetivas e práticas que adotaram na adolescência e na idade adulta, aquando da gravidez e infância dos próprios filhos – estas tornaram-se intemporais com uma presença em todo o seu percurso de vida. Daí, a ideia de criar a marca com uma visão ecológica sobre a produção, concebendo peças com várias utilizações.

Como é o caso do modelo em ganga, com várias combinações de alças confecionadas em elástico de poliamida, para acompanharem não só o crescimento da criança como para se adaptarem ao corpo de adultos, mormente na gravidez.

"Procuramos na identidade, na aproximação às raízes, a ligação emocional entre gerações, o espaço destinado a criar memórias e a experimentar e viver cada dia", adianta a MY.YÔ. "Os modelos de jardineiras são inspirados e têm nomes de jogos tradicionais de infância. Procuramos no dia-a-dia, a inspiração! No olhar sobre a vida e sobre o mundo, a procura constante duma visão consciente sobre o consumo e sustentabilidade", acrescenta.

A MY.YÔ – sedeada no Porto – cria assim peças que "se usam vezes sem conta, que se vestem de várias formas e que passam de mão em mão", recorrendo ao savoir-faire de fábricas do norte de Portugal, nomeadamente em Vila Nova de Famalicão.

A aceitação tem sido positiva, com vários modelos de jardineiras a esgotarem e outros já a caminho. Os modelos para adultos custam 90 euros, com alças elásticas a 17 euros e alças de ganga, a partir de 16 euros; os modelos para crianças e jovens dos 2 aos 14 anos custam 70-75 euros com alças a 14 euros.

MY.YÔ: uma marca “dos pés à cabeça" para miúdos e graúdos

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