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Traduzido por
Helena OSORIO
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2 de jul. de 2020
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Naomi Campbell vê Black Lives Matter alterar moda e indústrias de beleza

Por
Reuters
Traduzido por
Helena OSORIO
Publicado em
2 de jul. de 2020

Protestos mundiais sobre o tratamento das pessoas negras vão alterar as indústrias globais da moda e beleza, criando oportunidades de emprego e produtos que atendam a uma gama mais ampla de consumidores – disse em entrevista, a supermodelo e atriz britânica, Naomi Campbell.

O mundo da moda tem sido criticado, há muito tempo, pela sua falta de diversidade. Algumas empresas já estão a operar mudanças de produto, à medida que os protestos sobre o racismo sistemático, provocado pelo assassinato de negros, por parte da polícia nos EUA, destacam questões relacionadas à discriminação de raças e etnias.


Naomi Campbell no Festival de Cannes, em 2018 - Foto: Shutterstock - Reuters


Campbell, que durante uma carreira de 34 anos foi a primeira modelo negra a aparecer nas capas da revista francesa Vogue e Time, disse acreditar que haveria mais oportunidades para os negros como designers, estilistas e maquilhadores.

"Agora o mundo inteiro está na mesma página. As vozes estão a sair, agora, para a rua… E, eu olho para isso com o optimismo de que vamos conseguir a nossa mudança", salientou.

A supermodelo atriz aproveitou para reforçar, também, que as empresas provavelmente expandirão as suas linhas de cosméticos para combinarem mais tons de pele.

"Nós gastamos muito dinheiro. Somos grandes consumidores", disse Naomi Campbell, referindo-se às oportunidades para as empresas.

No início deste mês a Band-Aid, propriedade da Johnson & Johnson, assegurou que lançará uma linha de pensos rápidos para combinar com uma variedade de tons de pele.


Naomi Campbella desfilar em fevereiro de 2020, quase a completar 50 anos em maio - Kenneth Ize


Naomi Campbell, que há dois anos disse à Reuters que a revista Vogue deveria lançar uma edição africana, também adiantou que "chegou a entender que a Conde Nast está a trabalhar para lançar uma Vogue África".

Citando conversas com pessoas da Conde Nast, a supermodelo confessou que esta estava já a ser "avaliada para ser desenvolvida" antes do assassinato de George Floyd pela polícia e portanto antes do desencadear dos protestos mundiais. Mas, não forneceu mais detalhes.

A Conde Nast disse que não comenta sobre futuros empreendimentos comerciais, mas trabalha continuamente na expansão das suas marcas globalmente.
 

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