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29 de jun. de 2020
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Nike regista perda trimestral com COVID-19 impactando negócios grossistas

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Reuters API
Traduzido por
Novello Dariella
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29 de jun. de 2020

A marca desportiva americana anunciou ter registado uma perda trimestral inesperada, a primeira em mais de dois anos, devido ao fecho de centros comerciais e lojas, provocado pela pandemia de COVID-19.


A receita da Nike caiu 3% na região da Grande China e quase 47% na América do Norte. - Nike


O negócio grossista, por meio do qual a Nike vende mercadorias para outros retalhistas, congelou devido à crise sanitária. Isso levou a uma queda de 50% nas remessas, ao aumento de stock e custos mais altos devido ao cancelamento de pedidos.

Como resultado, a margem bruta caiu 820 pontos base no quarto trimestre, quando as lojas próprias e outros retalhistas permaneceram fechados por quase oito semanas. No entanto, os investimentos da Nike na sua plataforma digital, ao longo dos anos, ajudaram a registar um aumento de 75% nas vendas online.

O CEO da companhia, John Donahoe, explicou aos analistas que a empresa está agora a acelerar a sua presença online e espera que os negócios em geral atinjam 50% de penetração digital. As vendas online representaram 30% da receita total no trimestre.

"O COVID-19 mostrou que a nossa estratégia é sólida", declarou Donahoe.


Nikeregistou aumento de 75% nas vendas online


Na China, onde o vírus foi detectado pela primeira vez, todas as lojas Nike foram reabertas. A receita caiu 3% na região da Grande China, e quase 47% na América do Norte. 

A analista de retalho da Forrester Research, Sucharita Kodali, disse que a marca Nike ainda é forte e o número de vendas na China é um indicador do que se espera nos mercados ocidentais e nos EUA, à medida que as coisas normalizam. "Não há dificuldades financeiras… Não existem os problemas de retalho que outras empresas estão a enfrentar", afirmou.

O prejuízo líquido da Nike foi de 51 centavos por ação e sua receita caiu 38%, para 6,31 biliões de dólares (cerca de 5,62 biliões de euros) no trimestre. Wall Street previa um lucro de 7 centavos por ação e receita de 7,32 biliões de dólares (cerca de 6,56 biliões de euros), segundo dados Refinitiv do IBES.
 

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