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20 de dez. de 2019
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Nike supera expectativas, mas dececiona na América do Norte

Por
AFP
Traduzido por
Estela Ataíde
Publicado em
20 de dez. de 2019

A marca desportiva americana Nike anunciou na quinta-feira um lucro e um volume de negócios superiores às expectativas, mas as suas vendas na América do Norte foram inferiores ao esperado.


AFP archives / Drew Angerer


O volume de negócios da Nike aumentou 10%, para 10,33 mil milhões de dólares, mas em perímetro e taxas de câmbio constantes, o aumento foi de 13%. Um resultado melhor do que o esperado pelos analistas, que apontavam para 10,09 mil milhões de dólares.

A marca registou vendas mais altas em todas as regiões no segundo trimestre do seu exercício fiscal, que terminou a 30 de novembro. O volume de negócios na China aumentou significativamente para 1,85 mil milhões de dólares, uma progressão de 20% em relação ao mesmo período do ano passado.

Por outro lado, as vendas na América do Norte, embora acima das do ano passado (3,98 mil milhões de dólares, +5%), são inferiores às esperadas pelos analistas, que previam 4,05 mil milhões dólares.

O lucro líquido da Nike aumentou 11% em termos homólogos, para 4,54 mil milhões de dólares, marcado por uma margem operacional de 44,0%, contra 43,8% no mesmo período do ano anterior. O lucro por ação ajustado, a referência para os investidores americanos, foi de 70 cêntimos, contra os 58 cêntimos esperados em média pelos analistas financeiros.

Os bons números da Nike foram possíveis graças a "investimentos estratégicos e direcionados para a nossa transformação digital", disse o diretor financeiro da marca Andy Campion. A fabricante de equipamento desportivo continuou a fortalecer a sua atividade "Nike Direct", que consiste em vender os seus artigos aos consumidores através de aplicações em smartphones e na internet.

Em novembro, a Nike anunciou o fim da venda direta das suas roupas e sapatilhas na plataforma da Amazon, interrompendo uma parceria estabelecida em 2017 com a gigante tecnológica.

Este bom desempenho contrabalançou o impacto das sobretaxas alfandegárias americanas nos produtos importados da China, onde a Nike fabrica cerca de um quarto dos seus produtos. Na semana passada, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, retirou as tarifas alfandegárias adicionais que ameaçariam ainda mais os produtos da marca desportiva.

A ação da Nike recuou após a publicação dos seus resultados e foi negociada a 100,32 dólares por volta das 22h15 (GMT), uma queda de 0,89%.

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