Europa Press
21 de jul. de 2015
Nova Iorque aposta na moda masculina e parece que se sai bem
Europa Press
21 de jul. de 2015
Madri (TRENDSmérica) – Na passada quinta-feira (16) encerrou-se a primeira Semana da Moda Masculina de Nova Iorque, que, apesar não se ter destacado por apostas inovadoras e arriscadas em âmbito artístico, representou um grande passo para o género masculino na Big Apple.

Durante quatro dias, de 13 a 16 de julho, foi a vez dos homens, um período curto em relação às semanas de moda feminina, de oito dias de duração normalmente.
Não obstante, essa não foi a única diferença em relação à sua homóloga feminina. O evento ficou longe da entrada em cena e da teatralidade do grande espetáculo que oferece a edição mais veterana, algo que essa nova versão compensou com bom suporte comercial e uma perfeita execução.
Situada nas instalações do Skylight Clarkson Square, no Soho, a NYFW Men's demonstrou que chegou para ficar. Com patrocinadores como Tumblr, Cadillac e Amazon, entre outros, a recém-chegada semana da moda masculina mostrou as propostas para a temporada primavera/verão 2016 de mais de 50 criadores de moda.
Nesta ocasião, o look andrógino, que esteve tão presente nas últimas temporadas das passarelles, não faltou no encontro em que designers como Alexander McQueen optaram por vestir seus manequins com saias, enquanto outros, como Duckie Brown, renderam-se às transparências nas suas peças.
O não desfile de Calvin Klein
A marca Calvin Klein, por sua vez, levou os tecidos a outra categoria, utilizando até mesmo o jeans moleton e pondo em seus skinny jeans cintos desabotoados que não deixam de ser mais do que um mero adorno.
Propostas que, sem dúvida, eram uma clara declaração de intenções a esta ideia de realizar uma semana da moda exclusivamente para homens. Porém não se tratou dos tecidos, nem da paleta cromática, o que deu o que falar sobre a Calvin Klein.
A marca abandonou sua apresentação habitual por uma que assemelhava-se, mais bem, a uma vitrine, não realizando desfile, nem contratando modelos, substituindo-os por manequins.
Tommy Hilfiger
Em contraste com uma reivindicativa Calvin Klein, Tommy Hilfiger não surpreendeu no seu desfile, mantendo-se na linha das propostas da marca. Peças coloridas, que vão desde o branco e o preto ao amarelo, vermelho, verde e azul. Isso sim, sem perder a pureza cromática que tanto carateriza a marca.

A coleção, chamada 'Flex', faz honra ao seu nome com conjuntos voláteis que servem para diferentes situações. Dirigidas a um público jovem, mas conservador, com cortes de cabelo clássico e inovações recatadas, como as suas gravatas informais e de lã.
Michael Kors sem bolsas
Os acessórios não estiveram muitos presentes na primeira edição, na qual estilistas como Michael Kors preferiram omitir a bolsa em quase todos os seus conjuntos, sua peça estrela, que também é feita para os homens.

Mesmo assim, embora a marca não tenha incluído esse acessório em excesso, o que sim introduziu foi o lenço, presente em quase todos os seus modelos, bem como as gabardinas, que dão a aparência de batas de elite e caem com delicadeza sobre o corpo dos manequins. Quanto às cores, Michael Kors se manteve nos tons brancos, acinzentados, bege e preto. Nos pés, sandálias de pele sem meias.
Outras propostas que se destacaram são as de Richard Chai e o seu look multicamadas, baseado na superposição de peças e tecidos, Thom Browne, inspirado no Japão, ou Michael Bastian, que faz seu público viajar até o bairro de Bel Air para dar espaço à inspiração 'preppy' nos seus fatos e shorts, estampados e coloridos.
Não pôde faltar também a presença latina neste evento de moda da Big Apple, onde o mexicano Ricardo Seco mostrou sua coleção 'Luck', inspirada no jogo da loteria.

O destaque final ficou por conta do americano John Varvatos, que levou ao Soho o mais puro look do rock and roll dos anos 70, acompanhado de cabelos compridos alvoroçados e afros.
Semana de Negócios
Assim, chegou ao seu termo um espaço da moda que chegou para ficar. No entanto, quanto à sua repercussão midiática, ficou demonstrado que fica muito aquém da sua homóloga feminina.
Os homens ainda têm um longo percurso adiante para ganhar terreno, neste âmbito. Por enquanto, esperam-se as cifras para saber se esta semana, que esteve mais dedicada aos negócios, como demonstrou a marca Calvin Klein, compensou as marcas e seus patrocinadores.
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