Por
Reuters
Traduzido por
Novello Dariella
Publicado em
19 de mar. de 2020
Tempo de leitura
2 Minutos
Download
Fazer download do artigo
Imprimir
Text size

Novo coronavírus interrompe crescimento da Prada

Por
Reuters
Traduzido por
Novello Dariella
Publicado em
19 de mar. de 2020

O novo coronavirus interrompeu dois anos de crescimento nas vendas do grupo italiano de moda Prada.


Prada Outono-Inverno 2020 - Moda feminina - Milão. - © PixelFormula


A pandemia, que está a atingir severamente as vendas de todo o sector do luxo, "interrompeu a trajectória de crescimento" e terá um impacto negativo nos resultados deste ano, informou a empresa.

"A Prada está a implementar um plano abrangente de contingência para mitigar esses efeitos, apoiando-se na sua cadeia flexível de fornecimentos e organização audaz", afirmou a companhia num comunicado. O grupo de luxo disse estar confiante de que poderá superar a crise e está "pronto para capturar a recuperação".

As vendas do ano inteiro cresceram 2,7%, para 3,226 biliões de euros, à taxa de câmbio atual, em comparação com um aumento de 2% no primeiro semestre de 2019. À taxa constante, permaneceram estáveis.

Com esse resultado, a empresa teve o segundo ano consecutivo de crescimento nas vendas, após uma queda de três anos, graças uma estratégia de relançamento focada na renovação de lojas, novos produtos e vendas digitais.

O lucro antes de juros e impostos (EBIT) caiu 5,3%, para 306,8 milhões de euros no ano passado, atingido pelas medidas em andamento para reduzir recombinações e agilizar a rede de distribuição na revenda.


Prada - Outono-Inverno 2020 - Moda feminina - Milão. - © PixelFormula


Os analistas esperavam uma receita de 3,21 biliões de euros e lucro operacional de 306 milhões de euros, de acordo com a Smart Estimates, fornecida pela Refinitiv.

O grupo com sede em Milão, administrado por Miuccia Prada e o marido Patrizio Bertelli, disse em 2019 que diminuiria a sua rede de retalho em Itália e na Europa, na tentativa de obter preços uniformes para os seus produtos em diferentes pontos de venda e reduziria recombinações para impulsionar rentabilidade a longo prazo. As vendas a preço cheio cresceram a uma taxa de dois dígitos, no período de julho a dezembro, e "mais que compensaram a redução acentuada nas reduções de preços", disse a Prada.

A pandemia de COVID-19 surgiu, na China (berço de mais de um terço dos compradores globais de luxo), na viragem de 2019 para 2020. Pouco tempo depois, espalhou-se a vários países, sendo Itália o mais afectado da Europa. Na semana passada, Itália ordenou o fecho de restaurantes, bares e quase todas as lojas, excepto lojas de alimentos e farmácias.

Os resultados da Prada foram divulgados após o fecho do Mercado de Valores de Hong Kong, onde a empresa italiana está listada. A Prada havia cancelado, anteriormente, uma tele-conferência com analistas, devido ao novo coronavírus.
 

© Thomson Reuters 2024 Todos os direitos reservados.