Novo renascimento da Max Mara na Semana da Moda de Milão
Sob as arcadas do pátio principal da Academia de Belas Artes de Brera – bairro do centro histórico de Milão –, a Max Mara apresentou, na quinta-feira (24 de setembro), a sua coleção para a primavera-verão de 2021. Um guarda-roupa de elegância minimalista, com toda uma série de novas propostas em cortes e volumes. Sem decorações preciosas, sem cores sumptuosas. Do Renascimento italiano que emergiu a meados do século XIII, tema inspirador desta estação, o diretor artístico Ian Griffiths manteve apenas certos detalhes e formas. Note-se que foi um período histórico de grandes mudanças e conquistas culturais que deu os primeiros passos em Itália e se espalhou a toda a Europa, aproximadamente entre meados do século XIV e finais do século XVI.

Em particular, a inspiração renascentista, concentrou-se nas mangas, que são cortadas, ao estilo do quimono ou pagode, ou insufladas, ou mesmo em balão, como graças a um jogo de investigação da referida época. Casacos compridos ou curtos, impermeáveis, camisas, tops e, até algumas camisolas, têm mangas compridas com costuras laterais abertas desde a cava até ao fundo do braço, dando às peças de vestuário um aspeto solto que encoraja o movimento.
A parka com capuz, molas de pressão, atacadores e multibolsos funcionais é também revisitada e enaltecida em toda a coleção, sob a forma de casacos compridos, casacos curtos ou pequenos vestidos. Pode mesmo ser descortinada num macacão de aviador, de ombros desnudos, com as pernas das calças ajustadas ao tornozelo.
O tecido impermeável e os atacadores permitem brincar com os volumes, através dos franzidos nos pulsos, na cintura ou mesmo na linha do pescoço. Os códigos para as parkas também se encontram em certos modelos de vestidos de algodão, com golas e saias (mini ou maxi) cortadas nas laterais e adornadas com bolsos maxi.

À exceção de algumas aplicações de damasco e jacquard em um ou dois tecidos, todas as silhuetas são rigorosamente monocromáticas, propostas numa paleta natural de beges, terra de Siena (nome da cidade-estado italiana onde foi produzido este pigmento no Renascimento), ocre e pó, paleta à qual se acrescentam alguns looks de azul petróleo e verde sálvia.
A mulher Max Mara mostra, assim, uma elegância natural, escolhendo um guarda-roupa confortável que distingue amplos volumes. Os casacos de fato são compridos e as calças, demasiado grandes. As saias andam abaixo do joelho. Nenhum ou quase nenhum acessório, exceto alguns sacos e mini-sacos que pendem de um cordão à volta do pescoço.
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