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Portugal Textil
Publicado em
23 de nov. de 2017
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O lado B(om) do Brexit

Por
Portugal Textil
Publicado em
23 de nov. de 2017

A desvalorização da libra, que beneficiam as exportações, a menor concorrência estrangeira no mercado interno e a negociação de acordos comerciais próprios são alguns dos efeitos positivos que poderão impulsionar a indústria têxtil e vestuário britânica no pós-Brexit.


Segundo um estudo publicado na mais recente edição da Global Apparel Markets, da responsabilidade da empresa de informação de mercado Textiles Intelligence, o Brexit pode beneficiar a indústria têxtil e vestuário do Reino Unido.

Uma das consequências da decisão do país sair da União Europeia foi a desvalorização da libra esterlina e isso tornou as exportações de têxteis e vestuário domésticas mais competitivas em termos de preço.

Ao mesmo tempo, muitos retalhistas do Reino Unido estarão a ponderar comprar mais aos fornecedores do seu país, uma vez que, em consequência da desvalorização da moeda, as importações se tornaram mais dispendiosas.

Além disso, refere o estudo, «muitos fornecedores estrangeiros estão a voltar o seu foco em termos de exportação para outros mercados, já que o mercado britânico se tornou menos rentável».

Estas tendências deverão continuar até à saída oficial – que foi agendada para 29 de março de 2019 – e depois dessa data, desde que a libra esterlina de mantenha em baixa, indica a Textiles Intelligence.

A indústria têxtil e vestuário do Reino Unido pode também colher benefícios se, na falta de um acordo de comércio livre, forem impostas taxas alfandegárias sobre as importações com origem na União Europeia e noutros países fornecedores de proximidade, como a Turquia. «As taxas tornariam as importações provenientes destes países mais dispendiosas e, como resultado, essas importações seriam menos competitivas face aos artigos fabricados no Reino Unido», justifica o estudo.

Ao mesmo tempo, a saída da UE deverá criar oportunidades para o Reino Unido negociar os seus próprios acordos comerciais, o que não é permitido enquanto membro da União. Isso pode significar, segundo a Textiles Intelligence, um melhor acesso para a indústria têxtil e vestuário do Reino Unido a mercados como a China, o Japão e os EUA, onde os produtos com selo “made in Britain” são reconhecidos como superiores.

«Pensa-se que um acordo sem taxas entre o Reino Unido e os EUA, por exemplo, possa levar a um aumento de 30% nas exportações do Reino Unido para os EUA num período de cinco anos. Além disso, pode beneficiar os consumidores americanos, já que pode baixar os preços de bens de qualidade britânicos no mercado dos EUA por uns estimados 15% a 25%», aponta o estudo.

Nem tudo são vantagens

Contudo, sublinha a Textiles Intelligence, a capacidade da indústria têxtil e vestuário do Reino Unido se expandir em resposta a estas oportunidades está limitada, tendo em conta que já não há grandes unidades produtivas de vestuário no Reino Unido.

Há igualmente preocupações sobre a disponibilidade futura de mão de obra qualificada. Muitos dos trabalhadores do sector vieram de outros países da UE nos últimos anos – especialmente da Europa de Leste – e o acesso a esses recursos pode ficar limitado se a imigração for restringida.

No entanto, à medida que as oportunidades de produção se abrem na indústria têxtil e vestuário do Reino Unido, há a possibilidade de que as perceções de oportunidades de emprego na indústria melhorarem e isso pode ajudar a atrair mais jovens talentos nacionais.

Por oposição, uma das principais preocupações da ITV britânica será o acesso ao mercado único da UE. Atualmente, 45% das importações têxteis e 25% das importações de vestuário do Reino Unido são provenientes de outros países da UE e grande parte dessas importações é matérias-primas usadas na produção de têxteis e vestuário que o Reino Unido exporta depois. «Se forem impostas taxas sobre esses materiais, o seu custo vai subir e isso forçará as empresas britânicas de têxteis e vestuário a aumentar os seus preços no mercado interno e a perder quota de mercado», destaca o estudo da Textiles Intelligence.

Com efeito, se o Reino Unido voltar a ficar sujeito às regras da Organização Mundial do Comércio (OMC), as taxas médias sobre as importações de produtos têxteis serão entre 10% a 15%. E, tendo em conta que já houve um aumento de 20% nos custos como resultado da desvalorização da libra esterlina face ao dólar desde a decisão de sair da UE, os materiais importados podem tornar-se 35% mais caros quando entrarem em conta as taxas da OMC.

Um aumento no custo de materiais importados pode também forçar as empresas da ITV a subirem os preços de exportação e isso pode ter um enorme efeito nas vendas dos seus produtos no estrangeiro.

Cerca de 74% das exportações de artigos têxteis e vestuário do Reino Unido têm como destino outros países da UE e teme-se que muito desse comércio se perca a não ser que se consiga negociar um acordo de comércio livre.

Entretanto, até haver uma maior clarificação em relação aos termos da saída do Reino Unido da UE, a incerteza que rodeia o Brexit vai continuar a afetar as decisões de investimento e a prejudicar os negócios e a confiança dos consumidores, resume a Textiles Intelligence.

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