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18 de jan. de 2023
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Olga Noronha inaugura exposição Biofiligrana em Lisboa com base em estudo em joalharia biomédica

Publicado em
18 de jan. de 2023

A investigadora joalheira, Olga Noronha, anuncia a inauguração da sua nova exposição intitulada Biofiligrana®, no dia 26 de janeiro, na Galeria da Ordem dos Médicos do Sul. Esta, ficará patente até 10 de fevereiro na referida galeria localizada no número 151 da avenida Almirante Gago Coutinho em Lisboa. Trata-se da revelação de um estudo de padrões de filigrana para aplicações de joalharia biomédica.


Aplicações de joalharia biomédicapor Olga Noronha - Biofiligree.com


Segundo o resumo do projeto, a investigação "examina o corpo em camadas ou níveis 'arqueológicas' (do espaço físico exterior ao interior), sugerindo o desenvolvimento de joias ortopédicas, subdérmicas, exodérmicas, exocorporais e intracorpóreas", pode ler-se no site do projeto, em Biofiligree.com.

"Estes níveis consideram um conjunto de joias de teor e propósito médicas que reconhecem a ciência e a tecnologia como cúmplices no tratamento e cura do 'Eu-físico', acrescentando-lhe valor estético. Mais que apenas um meio de expressão, o corpo tratado torna-se um locus de experiência, simbolismo e estetização – a joia é entendida como embelezador do corpo ('torna-se o corpo') integra-se e passa a formar parte integral do corpo", explica.

No âmbito deste estudo, a joalheira portuense – licenciada em Design de Joalharia pelo Central Saint Martins College of Art and Design (UAL), mestre em Investigação em Design pelo Goldsmiths College da Universidade de Londres e doutorada pela mesma instituição graças a uma bolsa de mérito em Design Star Consortium - Arts and Humanities Research Council (AHRC) – integra na ESAD uma equipa multidisciplinar experiente de sete membros, sendo Olga Noronha a investigadora principal.


Pormenor - Biofiligree.com


Na sua tese de doutoramento intitulada “Becoming the Body”, onde Olga Noronha propõe um particular conceito de placas fixação óssea subdérmica, como tal também "indexa um aprimoramento estético do corpo; naturalização no corpo-como uma substituição de parte do corpo; tratamento e/ou um aumento protésico. Transportando a joalharia para o ato cirúrgico, a pesquisa e suas práticas testam os limites do paradigma da 'joia'; o que pode mobilizar e como pode atuar contemporaneamente", pode ler-se ainda em Biofiligree.com.

Também segundo o resumo, "as joias médicas buscam compreender como tais projetos especulativos e propositivos de tecnologia científica esteticizada e de saber médico são emocional e fisicamente experienciados e que conhecimento angariam e veiculam. Como uma hipervalorização da circunstância cirúrgica, e em busca de auto-prazer redesenhando o corpo, surge o potencial de transformar componentes médicos/cirúrgicos, tornando-os peças de joalharia ímpar, como que um tesouro escondido que desafia o objetivo convencional de adorno", conclui. 
 

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