Olga Noronha expõe Biofiligrana® no i3S da Universidade do Porto

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Helena OSORIO

Publicado em
30 de mai. de 2023

Depois da sua estreia em Lisboa, na Galeria da Ordem dos Médicos do Sul, a exposição Biofiligrana® de Olga Noronha chega ao Porto, no dia 21 de junho, inaugurando agora no i3S - Instituto de Investigação e Inovação em Saúde da Universidade do Porto, no número 208 da rua Alfredo Allen, onde permanecerá até 25 de julho.

O convite partiu do diretor do i3S, Claudio Sunkel, com vista a dar a conhecer o trabalho de Olga Noronha, investigadora doutorada responsável pelo projeto denominado "Estudo de padrões de filigrana para aplicações em joalharia biomédica", o qual "consiste no desenho e desenvolvimento de placas de fixação óssea, combinando a técnica e estética tradicional da filigrana para a promoção do conceito de joalharia médica", informa em comunicado.

Este projeto, financiado pela Fundação para a Ciência e a Tecnologia, é desenvolvido por uma equipa multidisciplinar nas áreas da Arte, Design, Engenharia Biomecânica e Medicina, com a coordenação de Olga Noronha.

"Aborda o conceito de joalharia medicamente prescrita®, projetando e testando placas de osteossíntese em Biofiligrana®, que, após consolidação da fratura, poderão ser extraídas e transformadas em joias", acrescenta o comunicado.

Melhor dizendo: estas placas de fixação óssea, usadas dentro do corpo como dispositivos médicos (como vemos nas fotos), podem transformar-se em joalharia para os pacientes, estando os benefícios da recuperação ainda em estudo por parte da equipa de investigação de Olga Noronha.

Segundo o site do projeto: "A pesquisa publicada resultou da consideração de locais no corpo e em diferentes camadas arqueológicas (do espaço físico externo ao interno)", pode ler-se em Biofiligree.com. "Essas camadas apresentam uma série de joias médicas que reconhecem a ciência, a joalharia e a tecnologia como cúmplices da reparação e valorização do eu, ao mesmo tempo que agregam valor ao corpo reparado".

"O corpo reparado ou fixo torna-se um locus de experiência, simbolismo e estetização – a joia é entendida tanto para estetizar o corpo (torna-se parte de nós), como para se tornar integrada e integral ao corpo", conclui.