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Portugal Textil
Publicado em
15 de set. de 2017
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Onde é feito o “Made in China”?

Por
Portugal Textil
Publicado em
15 de set. de 2017

São várias as empresas têxteis chinesas que continuam a aproveitar-se da mão-de-obra barata da Coreia do Norte, recorrendo às fábricas deste país para confecionar peças de vestuário que regressam à China apenas para serem etiquetadas. O esquema mostra o grau de dependência económica da Coreia do Norte em relação à aliada China.


As empresas têxteis chinesas estão a usar cada vez mais fábricas norte-coreanas para tirar vantagem da mão de obra mais barata do outro lado da fronteira, segundo informação divulgada por várias fontes na cidade chinesa de Dandong, que fica na fronteira com a Coreia do Norte, junto da agência noticiosa Reuters. As pessoas entrevistadas pela Reuters fizeram declarações sob condição de anonimato devido à sensibilidade da questão. De acordo com essas fontes, o vestuário confecionado na Coreia do Norte recebe depois a etiqueta “Made in China” e é exportado para todo o mundo.

O recurso à Coreia do Norte por parte da China para fabricar roupa barata destinada ao mercado internacional mostra que as sanções económicas ao regime de Kim Jong-un, devido ao programa de mísseis nucleares do país, não afetaram as exportações de têxteis e vestuário.

«Aceitamos encomendas de todo o mundo», afirmou um empresário têxtil na cidade fronteiriça de Dandong, por onde a maioria do comércio com a Coreia do Norte atravessa.

Dezenas de comerciais de confeções trabalham em Dandong, atuando como intermediários para fornecedores de vestuário chineses e compradores dos EUA, Europa, Japão, Coreia do Sul, Canadá e Rússia, revelou o mesmo empresário.

No ranking de exportações da Coreia do Norte, os têxteis ocuparam o segundo lugar, depois do carvão e outros minerais, em 2016, totalizando 752 milhões de dólares (aproximadamente 629 milhões de euros), segundo dados da Agência de Promoção de Comércio de Investimentos da Coreia do Norte (KOTRA). O total de exportações da Coreia do Norte em 2016 aumentou 4,6%, para os 2,82 mil milhões de dólares.

Florescimento e dependência

Esta indústria têxtil florescente revela ainda como a Coreia do Norte empobrecida se adaptou, com uma implementação limitada de reformas, às sanções que vem enfrentando desde 2006, quando testou um dispositivo nuclear. Mostra, também, até que ponto a Coreia do Norte depende da China.

As exportações chinesas para a Coreia do Norte subiram quase 30%, para os 1,67 mil milhões de dólares na primeira metade do ano, em grande parte impulsionadas pelos têxteis e outros bens tradicionais de mão de obra intensiva não incluídos na lista de embargo da ONU, de acordo com o porta voz da alfândega chinesa, Huang Songping.

Rip Curl pede desculpas

Face a esta polémica do “Made in China”, a marca de artigos desportivos australiana Rip Curl emitiu um pedido público de desculpas quando descobriu que alguns dos seus equipamentos de esqui foram produzidos numa fábrica norte-coreana e etiquetados “Made in China”. A empresa culpou um fornecedor pela terceirização a um subcontratado não autorizado. Contudo, as fontes da Reuters sublinham que esta é uma prática comum.
Ao confecionar as peças na Coreia do Norte, as fábricas chinesas podem poupar até 75% do custo de produção, revelou um comercial chinês que viveu em Pyongyang.

Ainda segundo as fontes da agência noticiosa, os trabalhadores norte-coreanos podem produzir até 30% mais peças de vestuário por dia, comparativamente a um trabalhador chinês, porque fazem menos pausas.

Os seus ordenados são também significativamente mais baixos do que os praticados noutros países asiáticos. Na zona industrial de Kaesong, agora encerrada, os trabalhadores recebiam entre 75 e 160 dólares por mês, enquanto na China os ordenados oscilavam entre os 450 e os 750 dólares.

Ainda que estejam a deslocalizar muitas das suas fábricas para o Bangladesh, Vietname ou Camboja, os produtores chineses têm recorrido cada vez mais a fábricas têxteis norte-coreanas.

«Atualmente, os salários são muito altos na China. Não é de admirar que sejam enviadas muitas encomendas para a Coreia do Norte», reconheceu o empresário têxtil em Dandong. Por outro lado, as empresas têxteis chinesas estão também a empregar milhares de trabalhadores norte-coreanos – mão de obra mais barata – em unidades fabris na China.

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