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Estela Ataíde
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14 de jun. de 2021
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Pandemia afeta resultados da Valentino

Traduzido por
Estela Ataíde
Publicado em
14 de jun. de 2021

A Covid empurrou a Valentino para o vermelho. A casa de luxo italiana, que acaba de publicar os resultados para o seu exercício de 2020, acusa um prejuízo líquido de 127 milhões de euros, contra um lucro líquido de 33 milhões um ano antes. Tal como aconteceu com outras marcas, a crise sanitária, com redução de viagens e encerramento de lojas, pesou nas contas da casa, que atingiu no ano passado um volume de negócios de 882 milhões, uma queda de 28% (-27% a taxas de câmbio constantes).


A última coleção de alta costura da Valentino - © PixelFormula


Em particular, o seu resultado operacional bruto (EBITDA) foi reduzido para metade, para 146 milhões de euros, diminuindo 51% face aos 298 milhões de euros de 2019. Esta diminuição foi especialmente pronunciada durante o primeiro semestre, com um EBITDA de 39 milhões de euros, em queda de 75 % face aos 154 milhões do primeiro semestre de 2019. No segundo semestre, verificou-se uma melhoria, com um EBITDA de 107 milhões de euros, situando-se em 21% do volume de negócios, apenas 25% abaixo do valor registado no mesmo período de 2019.
 
A Valentino registou também um prejuízo operacional (EBIT) de 119 milhões de euros em 2020. O EBIT ajustado, ou seja, excluindo os efeitos económicos dos testes de imparidade, fixa-se em 62 milhões de euros. O efeito desta desvalorização de 57 milhões de euros deve-se principalmente ao encerramento de algumas lojas próprias em todo o mundo, explica a marca em comunicado de imprensa.

Estes resultados “evidenciam um setor fortemente penalizado pela emergência sanitária mundial”. 
“Neste contexto, a marca acredita que é fundamental hoje, mais do que nunca, contar cada vez mais com a criatividade, o capital humano e experiências personalizadas para os clientes”, indica a casa , mostrando um certo otimismo no início do ano face à inversão de tendência dos seus resultados no último trimestre de 2020 e nos primeiros três meses de 2021.

Desde 2012 propriedade do fundo de investimentos qatari Mayhoola, a marca Valentino reformulou profundamente a sua gestão no ano passado sob a égide do seu novo diretor-geral Jacopo Venturini. Também fortaleceu a sua comunicação digital através de múltiplos conteúdos (conselhos, jogos, performances, projetos digitais, etc.) e trabalhou numa maior integração omnicanal.
 
A marca de luxo também acaba de anunciar a descontinuação da sua segunda linha, REDValentino, cuja produção e comercialização cessarão definitivamente no final de 2023, com a temporada outono-inverno de 2023/24, bem como o fim da utilização de peles naturais. Neste contexto, irá encerrar a sua fábrica Valentino Polar, que está localizada em Milão e emprega 43 pessoas, que havia adquirido em 2017 ao grupo Ciwifurs (ex-Marni).

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