Estela Ataíde
5 de fev. de 2019
Pandora apresenta plano de poupança para travar declínio da rentabilidade
Estela Ataíde
5 de fev. de 2019
A marca dinamarquesa de joalharia, que passou por um ano altamente turbulento, encerrou o seu exercício fiscal de 2018 com um volume de negócios comparável em regressão e um Ebitda em queda de 12,5% em comparação com 2017. Resultados que desencadearam reduções de custos para 2019. Após uma revisão em baixa das previsões em meados do ano passado, o volume de negócios anual totalizou 22,8 mil milhões de coroas dinamarquesas (3,05 mil milhões de euros), um valor estável, mas em progressão de 3% a taxas de câmbio constantes. Por outro lado, caiu 4% em perímetro comparável.

O Ebitda (resultado antes de juros, impostos, depreciação e amortização) caiu quase 12,5% no ano, para 994 milhões de euros. No entanto, na terça-feira, a ação da joalheira dinamarquesa Pandora subiu, favorecia pelos resultados ligeiramente menos decrescentes do que o esperado no quarto trimestre e pela apresentação do plano de poupança. Às 9h10, a ação subiu 13,6% para 324,10 coroas dinamarquesas (43,4 euros) na Bolsa de Valores de Copenhaga, encaminhando-se para o seu maior aumento numa sessão em quatro anos.
Durante o trimestre, a Pandora publicou um Ebitda em regressão de quase 8%, para 2,8 mil milhões de coroas dinamarquesas (375 milhões de euros), mas este fica acima das previsões dos analistas consultados pela Reuters, que esperavam 2,5 mil milhões. Um trader avaliou o quarto trimestre como "brilhante", sublinhando que este superou as expectativas pela primeira vez em muito tempo.
A JPMorgan, por seu lado, destacou que agora as atenções se voltam para a estratégia do grupo e as suas previsões para 2019. A Pandora, que está à procura de um novo diretor-geral e sofreu com o declínio das visitas aos grandes armazéns nos seus principais mercados, baixou a sua previsão de vendas para 2018 em dois trimestres consecutivos no ano passado.
Já tendo começado a reduzir o número de aberturas de pontos de vendas (mais de 1.200 no mundo todo), o grupo disse na terça-feira querer economizar 1,2 mil milhões de coroas por ano (mais de 160 milhões de euros) e expandir os seus esforços de marketing para revitalizar a sua marca e atrair as mulheres em particular.
Espera-se que a margem de Ebit 2019 fique em 26-28%, excluindo custos de reestruturação que poderão chegar a 1,5 mil milhões de coroas. A Pandora irá também propor um plano de recompra de ações de 2,2 mil milhões de coroas este ano e pagar um dividendo comparável ao de 2018.
Para 2019, a Pandora espera um novo declínio no volume de negócios numa base comparável, entre 3 e 7%.
A redação com a Reuters
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