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Por
AFP
Traduzido por
Novello Dariella
Publicado em
3 de abr. de 2018
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3 Minutos
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Parar de vender artigos feitos em pele será uma jogada de marketing?

Por
AFP
Traduzido por
Novello Dariella
Publicado em
3 de abr. de 2018

Diante de um público cada vez mais sensível ao bem-estar dos animais, os grandes nomes da moda, como Gucci e Versace, estão a parar de usar peles, provocando um enorme prejuízo à cadeia de abastecimento, que denuncia tratar-se de uma “jogada de marketing".


Proposta em pele sintética da Givenchy - outono-inverno 2018 - © PixelFormula


As marcas americanas, Donna Karan e DKNY, foram as últimas a anunciarem, a 22 de março, a sua intenção de "parar de usar peles a partir do outono de 2019”, seguindo uma série de marcas de prestígio que recentemente se tornaram “fur free” (Gucci, Versace, Furla, Michael Kors, Armani, Hugo Boss, entre outras). Ao mesmo tempo, San Francisco tornou-se a maior cidade americana a proibir a venda de peles.

Estes anúncios são recebidos como vitórias pelos defensores dos direitos dos animais, muito ativos com as suas campanhas e propagação de vídeos impressionantes nas redes sociais. A ONG Humane Society International expressou a sua alegria em "ver que depois da Gucci ter declarado que as peles estão fora de moda, os estilistas estão a competir para (...) abandonar este material arcaico", e criticou marcas como "Fendi e Burberry que continuam a apoiar este tipo de crueldade”.

Karl Lagerfeld tem justificado repetidamente o uso de peles verdadeiras na Fendi com o facto de que "as pessoas comem carne e usam couro", insistindo também no peso deste setor e nos empregos que proporciona.

"Os tempos mudam", comentou a Peta, que prometeu no Instagram "continuar a luta até que o número de animais mortos para a moda seja zero", advertindo: "Cuidado com a indústria do couro: vocês serão os próximos”.

Se o veganismo proíbe o uso de produtos de origem animal, Stella McCartney, vegetariana e ativista pelos direitos dos animais, é uma exceção entre as grandes marcas, tendo banido peles, couro e penas.

"É desconcertante ver algumas marcas anunciarem que não vão mais usar peles, mas não comentarem nada sobre peles exóticas (crocodilo, lagarto, avestruz...)", observa Nathalie Ruelle, professora do Instituto Francês da Moda (IFM), e especialista em desenvolvimento sustentável. 

O presidente da Federation française des métiers de la fourrure, Philippe Beaulieu, ressalta a ''hipocrisia" destes anúncios recentes, que qualifica como “jogadas de marketing para aproveitar o apelo emocional”, destinadas a seduzirem os millennials. 

Beaulieu destaca a "durabilidade" e a "rastreabilidade" das peles de animais, culpando "as marcas que hoje decidem abandonar as peles verdadeiras, mas promovem as peles sintéticas, que derivam do petróleo e do plástico, sendo que os efeitos deste tipo de produto provoca na poluição no planeta são conhecidos".

Um argumento contestado por Arnaud Brunois, fundador do site lafaussefourrure.com, que considera, "de um ponto de vista ecológico, mais responsável usar um subproduto do petróleo" do que "criar anualmente 150 milhões de animais (...) para obter peles” que serão tratadas com produtos químicos".

As imitações podem ser confundidas com peles autênticas, como demonstrado pela designer britânica Clare Waight Keller, da Givenchy, com o seu último desfile realizado no início de março, no qual apresentou vários casacos feitos em pele sintética.

"Para a maioria das marcas que anunciaram que não vão mais usar peles, trata-se de um negócio marginal", ressalta Serge Carreira, professor da Sciences Po, em França, e especialista em moda e luxo. Para a Gucci, que pertence ao grupo Kering, os produtos feitos em peles representavam 10 milhões de euros por ano, segundo o CEO Marco Bizzarri, de uma faturação de 6 mil milhões de euros em 2017, ou seja, 0,16%.

Qual seria então o impacto desses anúncios no setor? Para Philippe Beaulieu, é muito cedo para prever. Se as peles estão a tornar-se cada vez mais raras nas grandes cidades ocidentais, os casacos de plumas e as parkas com golas de pele, reais ou sintéticas, em contrapartida, estão a difundir-se cada vez mais.

Mas, o principal consumidor é a China, com uma rede que representa globalmente mais de 30 mil milhões de dólares, de acordo com dados fornecidos em 2017 pela International Fur Federation (IFF).

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