Paris Fashion Week abre com Egonlab, Taakk e Études
A Paris Fashion Week arrancou, na terça-feira (21 de junho) com desfiles da Egonlab, Taakk e Études. As três marcas revelaram três coleções interessantes, dando uma amostra daquele que promete ser um programa muito promissor até domingo (26). Para a estação de primavera-verão 2023, as três marcas escolheram três locais distintos na capital francesa, cada uma expressando a sua visão do vestuário masculino.

O homem Egonlab fica bem com as suas botas pela coxa, empoleiradas em enormes plataformas, com um longo casaco branco desabotoado à frente e atrás, revelando calças de couro e uma malha transparente. Para o próximo verão, este dandy quer estar flamboyant com os seus tops de lantejoulas e fatos saturados de cor – às vezes ocre sobre um top azul elétrico, às vezes verde esmeralda com um casaco fúcsia – e ultra fresco com as suas calças de renda e calças de ganga rasgadas e desbotadas, realçadas por uma saia cortada do mesmo material e um casaco impecavelmente cortado.
O lado burguês com fatos de pied-de-poule e mocassins de pompons, sempre associados a meias brancas, é contrabalançado por acessórios invulgares ou lúdicos: joias com pérolas grandes, um cinto de couro usado à volta do pescoço, um grande anel de metal pendurado numa tira de ombro e transportado como uma mala, onde um belo casaco pode ser pendurado. Sem esquecer o porta-cigarros, tão chique.
A silhueta é alongada com calças compridas de boca-de-sino, ao estilo dos anos 70, uma peça forte da coleção. Alguns looks são exceções, consistindo em pequenos calções de couro usados com uma malha branca no corpo, o que revela as tatuagens. Determinados a sair do túnel da "crise pandémica", os designers Kévin Nompeix e Florentin Glémarec convidam para esta estação uma série de personagens de desenhos animados, desde Bugs Bunny a Speedy González, alegremente reproduzidos em T-shirts e malhas jacquard, num desejo salutar de regresso à infância.
As calças são longas e folgadas e as cores são também vibrantes no trabalho da Taakk, mas num registo totalmente diferente. Aqui, é a peça de vestuário que é realçada, e não o aspeto. À primeira vista, a coleção parece muito clássica, mas numa inspeção mais atenta, revela-se muito moderna, com uma pesquisa incrível em materiais e texturas, gerando híbridos inesperados.

Despojado de parte do seu forro, um casaco de cetim é convertido numa camisa quase transparente com subtil gradação de cores, enquanto outro é completamente transformado pela mudança de fibra e, portanto, de peso. Um clássico casaco de linho de duplo peito com um efeito rígido muda sem aviso prévio nos lados e nas mangas, tornando-se uma camisa de algodão leve às riscas.
Takuya Moriyama, que trabalhou na Issey Miyake antes de lançar a sua própria marca em 2013, parece transformar o material como um mágico e deslumbra com mil outros detalhes e tratamentos inovadores. Começando pelos jeans, cujos rasgos são na realidade jacquards tecidos num fio cinzento, ou pelos calções e camisas de cores brilhantes, habilmente desfiados, que oferecem um efeito fofo de peluche.
Encerrando este primeiro dia, a marca Études Studio apresenta-se como a antítese das duas coleções anteriores com um guarda-roupa minimalista composto por peças básicas inspiradas no mundo do trabalho. À cabeça do rótulo, Aurélien Arbet, Jérémie Égry e José Lamali abrem um novo capítulo com o verão de 2023, marcado por um novo logótipo em forma de diamante.
Para apoiar a sua mensagem, o trio convidou a sua audiência para a Porte de la Villette, num troço da Petite Ceinture, uma antiga linha ferroviária de via dupla, com 32 quilómetros de comprimento que fazia a volta em torno da cidade de Paris, por toda a sua borda periférica. A maioria dos looks eram monocromáticos (fatos de linho, calções, calças de ganga rasgadas, fatos de lona, sobretudos). Os primeiros apareceram todos em cores claras como a nova página branca, que falta escrever...
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