Estela Ataíde
3 de mai. de 2022
Patagonia e Levi's encabeçam lista das marcas mais comprometidas com a circularidade
Estela Ataíde
3 de mai. de 2022
Avaliando os esforços de 150 marcas mundiais que tentam tornar a sua atividade mais sustentável, a consultora americana Kearney divulgou a edição 2022 do seu ranking “Circular Fashion Index”, que é liderado pela Patagonia, à frente da Levi's e da The North Face. Três players americanos - já no pódio da edição anterior- que trabalham para reduzir o seu impacto e, principalmente, para prolongar a vida útil dos seus produtos, mas para quem ainda há um longo caminho a percorrer... Ainda que estejam à frente da indústria como um todo.

Isto porque, apesar dos esforços realizados, a primeira lição do ranking é que a indústria da moda "pode - e deve - no geral fazer muito mais - e mais rápido - em termos de circularidade", observa a Kearney.
A pontuação média atribuída às marcas para esta edição de 2022 é de 2,85 em 10 (em comparação com 1,6 em 10 há dois anos). Para determinar as suas classificações, a empresa especifica ter em conta "sete dimensões (incluindo mercados primários e secundários), que afetam a longevidade das roupas".
Atrás do trio americano, o top 10 inclui a marca Esprit (Alemanha) em 4º lugar, seguida por duas empresas italianas, OVS e Gucci. Em seguida surgem a Gant (Estados Unidos), a Coach (Estados Unidos), a Lululemon Athletica (Canadá) e, por fim, a Lindex (Suécia).

Não há, portanto, nenhum nome francês neste top 10, mas a Decathlon (13º), a Jules/Brice (15º) e a Etam (16º) aparecem logo depois. As marcas mass market surgem assim antes dos grandes nomes do luxo como Louis Vuitton (23º), Saint Laurent (27º) ou Dior (39º).
Se compararmos a pontuação média por país, França surge em primeiro lugar (com uma pontuação média de 3,65 para 22 marcas), à frente de Itália (2,95) e da Alemanha (2,63). Apesar dos seus campeões, a pontuação dos Estados Unidos (2,95) é prejudicada por uma série de marcas com baixo desempenho em termos de desenvolvimento sustentável.
Das 150 empresas pesquisadas, apenas 7% utilizam materiais reciclados de forma recorrente e significativa na sua oferta, enquanto 54% utilizam-nos para poucos artigos ou de forma temporária. 39% nunca tentaram incluí-lo nas suas coleções. Além disso, apenas 5% oferecem serviços de reparação e/ou venda de artigos em segunda mão.
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