Paul Smith tem a Toscana em mente

Paul Smith parte para a sua villa em Itália, esta semana, e já tem prontas todas as roupas que poderá querer usar na Toscana onde esta se situa. Eis a coleção para a primavera-verão 2022 (a do designer inglês), ideal para escapar à pandemia.

Casacos leves em sarja e algodão, sem entretelas e sem ombreiras, todos idealizados para a coleção de primavera-verão 2022 muito fácil de vestir. Foram apresentados digitalmente na tarde de sexta-feira (25 de junho) como parte da Paris Fashion Week Men's.

O designer inglês várias vezes agraciado pelos feitos na moda sonha em regressar à normalidade e finalmente dirigir-se para a sua casa perto de Lucca, na Toscana, utilizando nos fatos uma paleta de cores desde o amanhecer até ao anoitecer.

"Luz solar pela manhã; citrinos leves ou cru e terracota como os edifícios locais", refletiu Paul Smith agraciado em 1994 como Comandante da Order of the British Empire (CBE); no ano 2000, Cavaleiro das Birthday Honours; e em 2020, Membro da Order of the Companions of Honour (CH).

O cavaleiro da moda também criou belos casacos com impressão floral, jeans e tops com imagens de campos de girassol da Toscana. Umas camisas em crepe de algodão com riscas; outras camisas ao estilo havaiano.

As suas camisolas horizontais listradas de cores vivas apresentavam múltiplos acabamentos, feitas com ponto arroz ou pontos diagonais contrastantes. Paul Smith também terminou muitas peças com costura em ziguezague, seguindo a forma utilizada nas costuras da vela do pequeno catamarã Hobie Cat.

Todos os modelos com looks idealizados para a praia calçavam sapatos de vela, no caso de Smith "velhos sapatos de vela de Massachusetts, peles e camurça".

Ainda haverá roupa clássica na sua sala de exposição, mas a paragem dos lockdowns é vista como uma prioridade tal que os homens vão querer usar roupa casual, segundo Smith.

"Vai levar tempo para os homens voltarem a usar fatos depois deste longo período vestidos casualmente em casa. Fá-lo-ão novamente, mas levará tempo. Parto para Lucca na próxima semana. Embora tenhamos de nos isolar durante cinco dias, quando lá chegarmos. Novos regulamentos. Não nos é permitido sair da Grã-Bretanha há tanto tempo! Esta é a primeira vez em anos que não vou ao Japão, normalmente vou todos os anos", queixou-se Sir Paul, numa chamada de Zoom antes do espectáculo.

Apesar de não poder viajar para o Japão, Paul Smith apresentou na sua coleção uma parceria com a empresa local de bolsas de culto Porter, que mais uma vez ecoou o seu código de assinatura de riscas contrastantes. Um elemento visto no trabalho de Smith em todo o lado, desde a sua icónica Mini Cooper S até às camisolas.

"São os meus velhos amigos da família Yoshida que possuem a Porter. Estou realmente feliz por quererem fazer alguma coisa e estou muito mais feliz com os resultados", sorriu Smith.

O seu vídeo de sete minutos mostrou 42 fatos, apresentados como um espectáculo ao vivo, embora na realidade tudo tenha sido pré-gravado num estúdio Acton com um teto em forma de nuvem, e o seu elenco de modelos desfilou, pisando um falso pavimento de mosaico paladino, debaixo de um teto de nuvens brancas.

Itália acena.

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