Estela Ataíde
15 de jul. de 2019
Peças de Olga Noronha em exposição em Leça da Palmeira
Estela Ataíde
15 de jul. de 2019
A designer portuense Olga Noronha, conhecida sobretudo pelo seu trabalho no domínio da joalharia, inaugurou no sábado, 13 de julho, no Museu Quinta de Santiago, em Leça da Palmeira, a sua primeira exposição antológica. Formada por peças escultóricas, a exposição “Corpo-Escultura” estará patente até 15 de setembro.
Durante dois meses, a exposição reúne “um conjunto de peças escultóricas que reconfiguram e re-imaginam o corpo humano, ao modo das antigas máscaras tribais, permanecendo, todavia, como objetos autónomos e concretos para além da presença do corpo”, explica o Museu Quinta de Santiago.
“Em certa medida poderemos afirmar que estas peças de Olga Noronha se destinam a reconfigurar os corpos, a redesenhá-los — já que depois repousam, fora deles, como as antigas armaduras medievais, que, quando esvaziadas, se figuravam, nesse plano estático, como formas escultóricas típicas —, e reinvestem-nos de uma presença excessiva”, escreve o crítico Bernardo Pinto de Almeida no catálogo da exposição, da qual é curador.
A nova exposição marca o regresso da designer de joalharia a Matosinhos, onde anteriormente já apresentou a sua primeira mostra individual, “Silêncios Ilustrados”, em 2006, e os projetos “Joalharia medicamente prescrita”, em 2013.
Nascida no Porto, em 1990, Olga Noronha é licenciada em Design de Joalharia pela Central Saint Martins College of Art & Design e, atualmente, é curadora da Sala Futuro do Museo Del Gioiello Vicenza, em Itália. O seu trabalho “tem circulado entre áreas distintas e dicotómicas, visando conjugar o pragmatismo científico e o conceptualismo da arte”, lembra o Museu Quinta de Santiago, acrescentando que a designer “tem procurado abordar o corpo humano de uma perspetiva artística e filosófica, relacionando-o e completando-o com objetos que lhe são estranhos e que lhe conferem complexidade e abstração”.
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