Peta lança ofensiva contra Prémio Woolmark
Uma prestigiada competição de moda sustentável está a ser alvo da organização de direitos dos animais Peta.

O Prémio Internacional Woolmark é conhecido na indústria por defender a moda sustentável e o uso da lã Merino, mas a Peta acredita que as prioridades da iniciativa estão equivocadas.
Antes da final global da competição, que se irá realizar durante a Semana da Moda de Londres esta semana, a Peta enviou cartas aos líderes da moda que foram escolhidos como jurados a pedir que cortem os laços com o prémio. A lista de jurados inclui Edward Enninful, editor-chefe da Vogue britânica, Hamish Bowles, editor-geral da Vogue, bem como o designer Kim Jones e a escritora e académica Sinéad Burke.
A carta também foi enviada aos 10 finalistas que estão a concorrer ao prémio de 200 mil libras e à oportunidade de ter a sua coleção cápsula vendida em várias lojas de retalho. Entre os finalistas estão Richard Malone, A-COLD-WALL*, Samuel Ross, GmbH, Namacheko e Botter.
O ataque da Peta segue as alegações de crueldade contra ovelhas documentadas na Austrália, Reino Unido e Estados Unidos. Segundo a organização, a indústria da lã é uma grande produtora de metano, um potente gás de efeito estufa que contribui para as mudanças climáticas e está a conduzir a catástrofes ecológicas, como os incêndios florestais na Austrália.
A diretora da Peta, Elisa Allen, disse que o grupo "está a pedir a especialistas em moda que se posicionem contra a lã, boicotando o prémio e defendendo materiais vegan verdadeiramente sustentáveis".
Não é claro se a Peta terá sucesso com esta campanha. Embora o seu foco em peles tenha sido amplamente apoiado, até ao momento os consumidores não parecem muito interessados nos abusos relacionados com cadeia produtiva da lã.
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