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Portugal Textil
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11 de nov. de 2020
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Peter Jo Kids focada na expansão

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Portugal Textil
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11 de nov. de 2020

Aumentar o número de mercados e clientes tem sido a principal dificuldade da marca de vestuário infantil durante a pandemia, já que a meta era consolidar o mercado alemão e, mais tarde, conquistar os EUA. Já as vendas no canal online continuam de vento em popa.


Anna Sheludko


Criada em 2017, a Peter Jo Kids considera-se ainda nova no mercado. Por isso, consolidar posições e continuar a crescer é o que move a marca de moda para menina dos zero aos 12 anos, que aponta a impossibilidade de viajar e, consequentemente, participar em feiras, como um fator restritivo na estratégia de expansão delineada. «O facto de não participar nas feiras limita a possibilidade de conhecer novos parceiros porque descobrir online uma nova marca é muito difícil. O parceiro não pode tocar um produto, não pode ter uma ideia certa da marca», explica Anna Sheludko, responsável de marketing e design.

Disponível em várias lojas multimarcas e também no website com venda ao consumidor, a Peter Jo Kids, que conta com a colaboração de 10 trabalhadores, exporta todos os produtos para países como a Itália ou a Nova Zelândia, à exceção do comércio eletrónico, onde tem também clientes portugueses. O mercado alemão é a principal aposta da marca de vestuário infantil, que está a investir igualmente nos EUA. «Continuamos a desenvolver a Alemanha, os países nórdicos e também estamos a pensar nos EUA. Temos muito interesse neste mercado, só que achamos que a melhor hipótese seria arranjar um agente, porque a exportação para os EUA é mais difícil, não é como a UE. Encontramos problemas de alfândega, de pagamento de taxas…», enumera a responsável de marketing e design. «Achamos que temos um potencial lá», afirma ao Portugal Têxtil.

A recente participação no certame Supreme Kids em Munique resultou, precisamente, do foco da Peter Jo Kids no mercado alemão, mas também da ambição de dar a conhecer a marca a novos clientes. «Não é só marcar presença, é mostrar que a marca não desistiu. Continuar a mostrar força e cada feira na qual participamos ajuda-nos a crescer, cada uma tem o seu impacto. Estamos nas redes sociais, nos jornais», acrescenta Anna Sheludko.

Online a todo o gás

Com a chegada da pandemia, as vendas digitais no website próprio da Peter Jo Kids «dispararam», uma vez que «correram muito melhor do que é normal», garante a responsável de marketing e design. Contudo «é muito cedo» para avançar previsões para o corrente ano, tendo em conta que «as encomendas ainda estão a chegar» e o volume de negócios em 2019 «foi melhor do que nos anos anteriores», graças à participação da marca em feiras internacionais.

«Por causa das vendas online não perdemos aquelas quantidades que podíamos ter perdido, mas perdemos em termos de angariação de novos clientes. Tivemos oportunidades, só que poucas, e acho que se não fosse por causa do Covid e tivéssemos participado em mais feiras, podíamos ter mais resultados», admite Anna Sheludko.

Mesmo que o canal online tenha contribuído para a diminuição das perdas da Peter Jo Kids, não conseguiu colmatar a ausência de feiras para a responsável de marketing e design. «O produto digital ajuda, só que acho que a encomenda pode chegar do parceiro só depois do contacto físico com a marca, de a conhecer e saber quem são os representantes da marca. A possibilidade digital não é a mesma coisa que a participação física, não tem nada a ver. Quem quis pôr encomendas por email ou via digitais conseguiu fazer isso, mas poderíamos ter muitos mais clientes com a presença física», conclui.

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