A aplicação de partilha de fotografias Pinterest, que conta com 250 milhões de utilizadores, apresentou na sexta-feira (22) um pedido para entrar na Bolsa de Valores de Nova Iorque, de acordo com documentos arquivados junto das autoridades de valores mobiliários. A empresa ainda não forneceu detalhes sobre o número de ações que planeia colocar em circulação ou o preço, mas indicou que será listada na Bolsa de Valores de Nova Iorque sob o símbolo "Pins". A empresa emitirá dois tipos de ações, classe A com um só voto e classe B com 20 votos.

Nos documentos apresentados, o Pinterest indica que gerou receita de 755,9 milhões de dólares no seu ano fiscal de 2018, encerrado em dezembro, o que representa um pouco menos que o dobro do gerado em 2017, e que registou prejuízo líquido de quase 68 milhões de dólares, metade do registado no ano anterior.

A Pinterest, uma empresa unicórnio (nome dado às empresas não cotadas em bolsa avaliadas em mil milhões de dólares), está a esforçar-se para monetizar o seu conteúdo, ou seja, ganhar dinheiro com o seu tráfego. A empresa apoia-se em duas alavancas: comércio online e publicidade. Em fevereiro de 2017, por exemplo, a empresa lançou uma ferramenta que permite que se clique individualmente em alguns dos objetos, móveis, roupas ou acessórios que aparecem numa foto publicada na aplicação. O utilizador obtém então recomendações para itens semelhantes que podem ser comprados diretamente no Pinterest ou na loja de uma marca.

Publicidade

A aplicação permite fixar ("to pin" em inglês) as imagens que interessam em painéis virtuais que podem ser divididos por temas (receitas de culinária, moda, decoração, viagens, etc.). O Pinterest, uma combinação de rede social e mecanismo de busca, é usado por muitas marcas para publicar imagens dos seus produtos, na tentativa de atrair clientes. Desde 2015, é possível adicionar o botão "comprar" na aplicação.