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Traduzido por
Helena OSORIO
Publicado em
12 de out. de 2021
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4 Minutos
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Por que é essencial visitar a exposição Thierry Mugler: Couturissime

Traduzido por
Helena OSORIO
Publicado em
12 de out. de 2021

Desde a sua abertura durante a Paris Fashion Week, no dia 30 de setembro passado, fashionistas, fãs e meros turistas têm vindo a destacar nas redes sociais a exposição retrospetiva "Thierry Mugler: Couturissime" organizada no Musée des Arts Décoratifs (MAD), em Paris, e que é essencial para a compreensão do mundo do costureiro e da marca. Consideramo-lo absolutamente correto.


Um visual utilizado pelo MAD na retrospetiva - Foto: Cortesia do Musée des Arts Decoratifs


Thierry Mugler foi um dos líderes de um pequeno grupo de designers com sede em Paris conhecidos como "créateurs de mode", um grupo restrito altamente talentoso que revolucionou a moda francesa no início dos anos 70, abrindo caminho para que toda uma geração lançasse as suas próprias marcas. Como explica cuidadosamente a retrospetiva "Thierry Mugler: Couturissime", patente até 24 de abril de 2022 no MAD, a qual foi produzida pelo Montreal Museum of Fine Arts (MMFA) em 2019.

Nascido em 1948 em Estrasburgo, o singular Mugler sonhou em ser bailarino e até se juntou a um corpo de ballet antes de se mudar para Paris aos 20 anos. Aí trabalhou numa boutique hipster antes de colaborar como designer freelancer e lançar a sua primeira marca, Café de Paris, em 1973.  No mesmo ano, um grupo de designers americanos – onde se incluem Halston, Bill Blass e Oscar de la Renta – superou estrelas francesas locais como Yves Saint Laurent e Hubert Givenchy na lendária "Battle of the Designers", no Chateau de Versailles, graças a técnicas de produção superiores. Um evento narrado pela Netflix na sua recente série Halston.

Um ano mais tarde, Mugler criou a sua marca com o nome epónimo e desde o início encenou desfiles de coleção com a sua silhueta de supermulher de ombros largos imediatamente reconhecíveis; e heroínas de assinatura Catwoman-meets-Barbarella.

Em 1984, quando encenou o desfile do 10.º aniversário, Mugler organizou um super show onde o público podia comprar bilhetes, e 6.000 pessoas amontoaram-se no Zenith num espetáculo digno de Cecil B. DeMille. Nesse mesmo ano, o presidente Mitterrand recebeu os criadores no Elysees Palace e proclamou publicamente que a moda é uma arte.


Look da coleção de alta costura Les Insectes, para a primavera-verão 1997, em colaboração com Abel Villarreal - Foto: Patrice Stable


Uma indicação do aleatório VIP de Thierry é a lista de indivíduos (ou propriedades) que contribuíram com imagens e fotografias para a retrospetiva – Lady Gaga, Madonna, Celine Dion, Jean-Baptiste Mondino, Karl Lagerfeld, Guy Bourdin, Helmut Newton, David LaChapelle, Joey Arias, Ellen Von Unwerth, Gisele Bundchen e Arthur Elgort, entre outros, em mais de meio século a cultivar generosos amigos.

No entanto, o coração da exposição surge após 1992, quando Thierry criou o perfume global "Angel" com a Clarins, permitindo-lhe ainda mais liberdade financeira para se entregar às suas maiores fantasias. Tal como o notável período de inspirações mecânicas, com modelos da Cadillac e Harley Davidson, nos seus últimos shows de pronto-a-vestir de uber-luxe, brilhantemente capturado no famoso vídeo de rock, "Too Funky", de George Michael. O vídeo na exposição apresenta a edição de Thierry e não a de George, numa das muitas disputas criativas que caracterizaram a sua dramática carreira. A personalidade errática a travar batalhas com a Women's Wear Daily também não ajudou muito ao negócio. Mugler foi sempre uma mistura curiosa de burguês cavalheiro, como natural da cidade onde nasceu, e de supremo animal de festa.

 


Mas, como alguém que assistiu ao show ao vivo original, "Too Funky", no interior do Palais de Tokyo, e ainda como jovem editor, eu (Godfrey Deeny) lembro a sensação de excitação revolucionária e de moda a deitar abaixo um regime antigo moralista, o que foi tremendamente excitante. Um momento raro que provavelmente nunca será repetido na moda.

No entanto, o ponto alto da exposição são duas coleções mais tardias e absolutamente convincentes, Les Insectes de 1996, com surrealismo biológico, e La Chimère de 1997, com as suas encarnações de beleza régia de fantasia como o fato de veludo vermelho da imperatriz Tonkinoise. O melhor de tudo, o absolutamente espantoso vestido La Chimère em escamas, penas e cristais, usado por Yasmin Le Bon (modelo britânica de origem iraniana), como uma deusa biomórfica que predomina e humilha os melhores esforços da tecnologia gerada por computador.

A exposição apresenta também múltiplos exemplos da própria fotografia de Mugler – a mais memorável das suas primeiras fotografias de belezas louras amazónicas empoleiradas precariamente em edifícios góticos estalinistas em Moscovo, numa altura em que era quase impossível visitar a União Soviética. E, mais intrigante, o seu desenho para uma versão sombriamente surrealista de Macbeth, apresentado com meia dúzia de fatos e uma série fantástica de hologramas.

Como muitos outros designers fundadores de maisons importantes, desde Coco Chanel a Jean-Paul Gaultier, também a maison Mugler acabou por ser engolida pelo proprietário da sua licença de perfume. Embora, como os dois referidos colegas, também escreveu um capítulo indelével na história da moda, que esta mostra encerra de forma brilhante.

Se estiver em Paris durante os próximos seis meses, não a perca.
 

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