
Helena OSORIO
23 de mar. de 2022
Portugal Fashion: uma palavra ao coletivo Shoes & Bags sem esquecer Miguel Vieira e Luís Onofre

Helena OSORIO
23 de mar. de 2022
Na 50.ª edição do Portugal Fashion, o calçado português esteve novamente em destaque com o desfile coletivo Shoes & Bags, onde oito marcas apresentaram as suas propostas para a próxima estação de outono-inverno 2022/2023: Ambitious, ESC, Leather Goods by Belcinto, Felmini, Fly London, J. Reinaldo, Nobrand, Rufel. Neste âmbito, também no calendário oficial de desfiles, destacamos o calçado e acessórios de Miguel Vieira e Luís Onofre.
O desfile abriu com propostas masculinas de malas de mão, mochila, bolsas de pendurar ao pescoço e para computador, entre outras, da Leather Goods by Belcinto.
Seguiu-se a Fly London com botas femininas de várias tipologias e materiais, com a predominância do negro. A cor surgiu apenas num par de botas para a neve em alternância de cinza e noutro com sola grossa cereja. O único par de sapatos fechados que pisou a passerelle foi de pele em castanho avelã e sola preta.
A ESC apresentou para eles botas pretas e sapatilhas brancas com alguns apontamentos de cor, todas com atacadores (salvo um par de botas) e niveladas por cima do tornozelo. As mochilas em forma de urso marcaram a diferença.
Para elas, a ESC foi mais ousada com um primeiro par de sapatilhas brancas cortadas no calcanhar como chinelos, seguido de botas brancas e pretas, um dos pares também com pérola e sola de borracha. Por fim, socos tradicionais de pele preta pregueada e salto de madeira com base rosa.

Por sua vez, a Ambitius lançou a coleção "Intersecções" com botas masculinas repensadas a partir de modelos de sapatos clássicos com atacadores; e sapatilhas de várias tonalidades neutras, algumas também aparentadas com sapatos. Entre os modelos surgiu também um par de botas de explorador.
Já a Rufel distinguiu-se com as bolsas de mão de senhora de vários tamanhos e formatos, rematadas por folhos da mesma pele e todas a verde. Por sua vez, as bolsas em castanho avelã estão decoradas com grandes pinos e com a marca “R” relevada a toda a altura da peça.

A J.Reinaldo apostou também em sapatilhas e botas futuristas a preto, alternadas ora com cinza ora com bege; assim como um modelo de bota fechada com atacadores e salto, completamente inusitado, que faz lembrar o calçado das "meninas" de salons no Far West. Surgem também sapatilhas e botas masculinas ao mesmo estilo com um pé no futuro, em tons mais escuros, e com detalhes vibrantes a laranja e amarelo por exemplo.
Depois desfilou a Nobrand, com modelos masculinos mais sóbrios a cinza, verde tropa e branco, apesar dos recortes diferenciados. Botas pretas rudes de motards contrastam com um modelo mais aerodinâmico com uma faixa vermelho entre o negro da sola e o negro da forma do pé e cano.
O desfile culminou com a Felmini e as suas botas altas femininas em pele preta com ou sem atacadores, mais cowgirl com algum salto ou de motard e cavaleira, rasas.

Num momento à parte, Miguel Vieira apresentou a coleção Black Dinner, com o preto que dominou a passerelle tão presente no vestuário clássico e sofisticado, como nos pequenos acessórios e calçado.
As botas são também o calçado de destaque da coleção "Kafe" de Luís Onofre, que apostou em botas de cano alto com padrões extravagantes e em sandálias de salto fino, ou pops a rosa, azul e verde. No final, as sandálias com a pomba branca fizeram parar e pensar na paz na Ucrânia.
Como publicou o Portugal Fashion num post do Facebook: “Entre a solidez confiante de uma bota e a delicadeza clássica das nuances do castanho, a coleção FW22 de Luís Onofre constrói-se a partir do contraste extremo entre elegância e minimalismo”.
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