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24 de nov. de 2015
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Portugal vê montante recorde de investimento imobiliário comercial em 2015

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Reuters
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24 de nov. de 2015

Investidores, sobretudo estrangeiros, injetaram um número recorde de 1.360 ME em imóveis comerciais portugueses nos primeiros 10 meses de 2015, o dobro de 2014, segundo disseram consultadores da Cushman & Wakefield na passada quinta-feira.

Comércio tradicional em Lisboa - Foto: DR


Mas eles advertiram que, para manter a confiança dos investidores, Lisboa deve resolver seu impasse político. Portugal está mergulhado na incerteza desde uma eleição a 04 de outubro, o que levou à derrubada do governo de centro-direita há duas semanas pelo parlamento dominado pela oposição.
 
O presidente deve decidir nos próximos dias se nomeia um primeiro-ministro socialista apoiado pela extrema esquerda.

Em um relatório publicado na quinta-feira, os consultadores imobiliários disseram que os investimentos estrangeiros responderam por 90% de todos os negócios de propriedade comercial e que superaram o pico anterior de 1.200 milhões para o ano de 2007.
 
"O contínuo interesse e a confiança renovada no mercado nacional por investidores estrangeiros é naturalmente muito dependente da evolução da situação política atual, seja qual for o governo", disse Luis Rocha Antunes, associado e chefe de mercados de capitais na C&W em Lisboa.
 
"Questões essenciais, como a manutenção de garantias de um controlo rigoroso das finanças públicas e uma postura reformista do governo em matéria de legislação –como direito do trabalho, concessão e tributação – são cruciais para a confiança na economia e para a entrada de recursos", disse.
 
Portugal saiu de um resgate internacional ano passado e sua economia regressou a um crescimento modesto depois de uma recessão de três anos.
 
Investidores dos Estados Unidos foram responsáveis por quase metade do investimento total este ano, seguidos dos investidores Espanhóis. O retalho imobiliário atraiu 56% do investimento total, ao passo que os escritórios ficaram responsáveis por um quarto.
 
O maior negócio do ano, que vale um montante recorde de 330 milhões de euros, foi a aquisição de uma carteira de centros comerciais por investidores do fundo americano Blackstone, disseram os consultadores imobiliários.

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