Portugueses estão dispostos a pagar mais por produtos sustentáveis

Por

Estela Ataíde

Publicado em
22 de out. de 2021

Em cada dez portugueses, seis estão dispostos a pagar mais caro por uma moda ética e sustentável. A conclusão é da Showroomprivé, que motivada pelo Dia Internacional contra as Alterações Climáticas, que se celebra a 24 de outubro, e no âmbito do seu inquérito anual, quis perceber o “quão sensibilizados estão os portugueses com o estado ambiental do planeta” e se apostam no consumo de moda sustentável.
 

Em resposta ao inquérito da plataforma de vendas privadas especializada em moda e complementos, nove em cada dez portugueses definem-se como indivíduos que respeitam e têm consciência da proteção do meio ambiente.
 
Com 75,21% dos inquiridos a afirmarem que compram roupa apenas quando necessitam (18,27% compram uma vez por mês, 3,68% todas as semanas e 2,83% duas vezes por semana), 56,09% indicam já ter optado por adquirir vestuário fabricado com matérias-primas naturais e de agricultura ecológica.

Sobre aquilo influencia as suas decisões quando compram roupa, a ecologia e a sustentabilidade são um dos fatores mencionados pelos inquiridos (16,29%). A peça ser favorecedora ( 58,07%) é o primeiro critério, seguido pela qualidade (56,66%) e os preços baixos (51,70%). A marca (5,24%), as tendências (4,11%) e a roupa em segunda mão (1,56%) são também tidos em consideração pelos portugueses.
 
Com uma crescente parcela dos consumidores nacionais sensibilizados para a questão ambiental, a maioria dos portugueses mostram-se mesmo dispostos a pagar um preço mais elevado para comprar moda ética e sustentável (64,73%).
 
Para lá do vestuário, também no domínio da beleza os portugueses estão sensibilizados para a questão ambiental. De acordo com o inquérito da Showroomprivé, 65,16% dos portugueses apostam em cosméticos livres de tóxicos, formulados com ingredientes naturais e vegan ou cruelty free.
 
Lançada em França em 2006, a Showroomprivé está atualmente presente também em Portugal, Espanha, Itália, Bélgica, Países Baixos e Marrocos. Nos primeiros nove meses de 2021, o grupo francês registou um volume de negócios de aproximadamente 523 milhões de euros.