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Estela Ataíde
Publicado em
6 de dez. de 2022
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Prada: Andrea Guerra assume direção do grupo em janeiro

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Estela Ataíde
Publicado em
6 de dez. de 2022

A Prada está a reorganizar a sua direção com a chegada de Andrea Guerra, preparando a sucessão dos atuais líderes Patrizio Bertelli e Miuccia Prada. Confirmando rumores que circulam há uma semana, a casa de moda milanesa anuncia em comunicado que proporá a nomeação do empresário italiano como diretor-geral do grupo na sua assembleia de 26 de janeiro.


Andrea Guerra - Prada


Neste contexto, Patrizio Bertelli e Miuccia Prada, que até agora dirigiam a empresa, veem redefinidos os seus respetivos papéis. A designer manterá o cargo de diretora criativa da linha jovem Miu Miu e da linha Prada, que dirige com Raf Simons, enquanto o seu marido, Patrizio Bertelli, assumirá o cargo de presidente.
 
Com isso, o atual presidente Paolo Zannoni deverá ser nomeado vice-presidente executivo do grupo. Zannoni também deverá ser nomeado presidente da Prada Holding, empresa que controla 80% da sociedade operacional Prada. Também deverá ser confirmado como membro do conselho de administração Lorenzo Bertelli, filho mais velho de Miuccia Prada e Patrizio Bertelli, atual diretor de marketing do grupo, cooptado no ano passado no board para substituir os seus pais, com 73 anos, e 76 anos, respetivamente.

O casal confirma: “É um passo fundamental que decidimos dar, na plenitude da nossa atividade, para poder contribuir mais para a evolução do grupo Prada e facilitar a transição geracional, iniciando Lorenzo Bertelli para assumir a direção do grupo.” Os dois agradecem ainda a Andrea Guerra por ter aceitado este papel “com vista a um crescimento sustentado e sustentável do Prada Group”.
 
“Com a sua longa experiência profissional, Andrea Guerra demonstrou a sua capacidade empreendedora em empresas caracterizadas pela forte presença das famílias fundadoras, integrando a sua cultura com a evolução da empresa nos mercados internacionais”, salientam.
 

Uma passagem de testemunho também para Miuccia Prada?



Guerra conta efetivamente com uma vasta experiência como dirigente, principalmente no setor do luxo. Formado pela Universidade de Roma La Sapienza, iniciou a sua carreira em 1989 na indústria hoteleira como diretor de marketing na Marriott International. Em 1994, ingressou na Merloni Elettrodomestici, rebatizada Indesit, onde ocupou vários cargos antes de se tornar diretor-geral em 2000. Quatro anos depois, assumiu os comandos da Luxottica, onde se manteve até 2014, aumentando o volume de negócios do grupo de ótica de pouco menos de 3 mil milhões de euros para 7 mil milhões.

Após um hiato político de um ano durante o qual atuou como conselheiro do primeiro-ministro italiano Matteo Renzi, Andrea Guerra voltou aos negócios como presidente executivo da Eataly, o templo da gastronomia italiana. Um emprego que deixou no outono de 2019 para ingressar na LVMH, juntando-se à comissão executiva do grupo em 2020. Chegado ao grupo francês para liderar a divisão "LVMH Hospitality Excellence", o executivo foi incumbido um ano depois da supervisão das marcas italianas Fendi e Loro Piana e, a partir de maio de 2021, também das atividades da Thélios ao ingressar no conselho da empresa ótica.

Esta nomeação acontece numa altura em que são igualmente abundantes os rumores sobre uma possível mudança também no departamento do estilo. Desde 2020, a direção artística da marca Prada é feita em conjunto por Miuccia Prada e Raf Simons. Para surpresa de todos, este último encerrou na semana passada a sua marca própria, lançada há 27 anos. Muitos viram isso como um primeiro passo, que permitiria ao criador belga concentrar-se apenas na marca italiana para se preparar para substituir Miuccia Prada.

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