Prada registou queda de 24% na receita e crescimento de 200% no online em 2020
O grupo Prada comunicou os dados relativos ao desempenho do exercício fiscal de 2020, durante o qual os inevitáveis impactos da pandemia levaram a empresa a registar uma queda no volume de negócios de -24% à taxa de câmbio constante, totalizando 2,4 mil milhões de euros. A empresa italiana de luxo reduziu significativamente o declínio no segundo semestre, em -8%. Por outro lado, os últimos seis meses tiveram um EBIT claramente positivo, fazendo o ano encerrar com 20 milhões de euros, e com uma posição financeira líquida que melhorou significativamente em comparação com o início do ano.
“Para o Grupo Prada, os efeitos da pandemia penalizaram, sobretudo, os resultados do primeiro semestre; porém, a partir de maio, as vendas do retalho mostraram uma tendência de melhoria progressiva em todos os mercados, até à plena recuperação em outubro e dezembro em relação a 2019”, afirmou a empresa num comunicado.
As vendas do retalho foram de 2,1 milhões de euro, uma queda de -18%, com uma recuperação significativa de -32% no primeiro semestre para -6% no segundo. A empresa deu continuidade ao processo de racionalização do canal grossista, que já representa 11% do volume total de negócios e que no ano passado sofreu uma contração de -49% (-20% no segundo semestre). Por outro lado, o desempenho do online foi excelente, apresentando uma forte aceleração ao longo do ano, e registando um crescimento de 200%.
Do ponto de vista geográfico, a Europa sofreu um decréscimo de -35%, para 561 milhões de euros; o mercado americano também (-17, para 291 milhões de euros), o Japão (-28%, para 272 milhões) e o Médio Oriente (-12%, para 78 milhões), com uma forte recuperação no segundo semestre (+26%). A região Ásia-Pacífico manteve sua posição, registando uma faturação de 914 milhões, um aumento de 1% em relação a 2019. O crescimento observado na segunda metade do ano (+19%) deve-se, principalmente, à China Continental (+52%), ao Taiwan (+61%) e à Coreia (+22%). A Rússia também teve um bom desempenho, graças aos clientes locais, encerrando o ano com um crescimento de 46%.
"Neste ano dramático, conseguimos, apesar de tudo, atingir os nossos objetivos graças ao empenho e ao compromisso das nossas equipas. Respondemos rapidamente às mudanças do mercado e estreitamos o relacionamento com os clientes locais, cujo consumo na segunda metade do ano compensou quase que totalmente a ausência de turistas", comentou Patrizio Bertelli, CEO do grupo Prada. “Conseguimos atingir bons níveis de rentabilidade e gerar um fluxo de caixa significativo, melhorando assim a nossa posição financeira. Esses resultados dão-nos confiança para enfrentar o desenvolvimento que nos espera assim que terminar a fase mais crítica da pandemia", concluiu.
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