Prada vai deixar de usar peles e concentrar-se na inovação de materiais
O Grupo Prada é a mais recente empresa de moda e luxo a abandonar o uso de peles. As suas marcas Prada, Miu Miu, Church e Car Shoe deixarão de usar estes materiais já a partir das coleções femininas para a temporada de primavera-verão 2020.
A notícia foi dada pela organização humanitária Humane Society International (HSI), com sede no Reino Unido, cuja organização irmã Humane Society, dos Estados Unidos, trabalhou com a LAV, membro da Fur Free Alliance, e com a empresa italiana nos bastidores após uma campanha pública em setembro, pedindo para a Prada abandonar o uso de peles. A HSI elogiou o movimento e disse que esta é uma das declarações de moda sem uso de peles mais importantes até ao momento na sua campanha para acabar com o uso de peles em todo o mundo.
Miuccia Prada disse que o grupo “está comprometido com a inovação e a responsabilidade social, e a política livre de peles - alcançada após um diálogo positivo com a Fur Free Alliance, em particular com a LAV e a Humane Society dos Estados Unidos - é uma extensão desse compromisso”. A estilista também disse que a empresa se irá concentrar em materiais inovadores que permitam "explorar novos limites de design criativo e atender à procura por produtos éticos”.
Claire Bass, diretora executiva da Humane Society International do Reino Unido, disse: “O histórico anúncio do Grupo Prada de abandonar o uso de peles acontece num momento em que um número sem precedentes de designers estão a virar as costas ao comércio cruel de peles e a investir em inovação de tecidos em vez de explorar animais. Políticas anti-peles como a do Grupo Prada provam que renunciar às peles não é uma tendência de fast fashion, é uma mudança radical para atender às exigências de consumidores cada vez mais conscientes”.
A empresa continuou a usar peles mesmo após vários dos seus rivais de alto perfil abandonarem as peles de animais como vison, raposa e coelho das suas coleções. A HSI afirmou que o tratamento destes animais implica um enorme sofrimento nas quintas de peles.
O grupo ainda está a pedir ao governo do Reino Unido para se tornar o primeiro país do mundo a proibir a venda de peles de animais. As marcas que ainda vendem peles no Reino Unido incluem Fendi, Max Mara, Celine, Valentino, Saint Laurent e Dolce & Gabbana. No entanto, a Gucci (propriedade da Kering, assim como a Saint Laurent) já cessou o uso de peles. Versace, Burberry, Zadig e Voltaire, Philip Lim, Jean-Paul Gaultier, Diane von Furstenberg, Furla, DKNY, Michael Kors, entre outros, também deixaram de usar peles recentemente.
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