Prada vê mais de 10% de aumento nas vendas da China com uma Europa lenta
A Prada registou, este mês, um aumento de dois dígitos, nas vendas comparáveis na China. Mas, ainda há algum caminho a percorrer antes de a empresa poder dizer que o negócio na China está de volta após os bloqueios ligados ao coronavírus COVID-19.
De facto, o co-CEO Patrizio Bertelli disse numa entrevista à Bloomberg TV que as vendas da empresa tinham aumentado "significativamente" mais de 10% durante o mês de maio.
Bertelli acrescentou que, este aumento, está longe de ser suficiente para poder exigir uma recuperação completa e que a Europa continua a ser um problema. Isto deve-se em parte ao facto de o sector do luxo europeu ser impulsionado pelas vendas turísticas e, mesmo depois de os lockdowns serem levantados, espera-se que o turismo em todo o continente permaneça silencioso. Parece que Bertelli espera que assim permaneça durante algum tempo.
"O mercado europeu está fortemente dependente do turismo", disse o CEO à Bloomberg. "O turismo voltará a crescer quando for desenvolvida uma vacina". Com uma vacina que provavelmente não estará disponível até ao outono, no mínimo, e possivelmente por muito, muito mais tempo (se alguma vez for desenvolvida uma vacina eficaz), essa é uma avaliação bastante deprimente da situação.
Mas, o executivo continua optimista e concluiu que está ansioso por exigir uma recuperação mais consistente a nível mundial, sem planos para se tomarem medidas extremas, tais como tornar a empresa privada.
"O nosso trabalho está focado no desenvolvimento da marca, não estamos de todo a pensar em retirar a empresa da lista", rematou. "Estamos a trabalhar em novos produtos, na expansão da nossa rede de vendas, para aproveitar ao máximo a tecnologia digital".
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