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11 de dez. de 2013
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Prazo para compra do complexo industrial Rohde, na Feira, finda sem interessados

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Agência LUSA
Publicado em
11 de dez. de 2013

Santa Maria da Feira – O prazo para aquisição do complexo industrial da fábrica de calçados Rohde, em Santa Maria da Feira, terminou segunda-feira sem que a respetiva gestora judicial recebesse quaisquer propostas de aquisição, adiantou a dirigente sindical que acompanha o processo. "Não apareceram interessados nenhuns", declarou à Lusa Fernanda Moreira, do Sindicato dos Operários da Indústria do Calçado, Malas e Afins dos Distritos de Aveiro e Coimbra. "Não havendo propostas, agora não sabemos o que é que havemos de fazer", continua essa responsável. "Temos que nos reunir no início do ano para ver se temos alguma ideia", adianta.


A empresa Rohde (Sociedade Industrial de Calçado Luso-Alemão Lda.) chegou a empregar mais de 1.000 funcionários e, em 2008, era apontada como a maior produtora nacional do setor do calçado.

Após sucessivos 'lay-offs', a unidade entrou em processo de insolvência em setembro de 2009 e foi encerrada em maio de 2010 por decisão de 866 dos seus cerca de 980 trabalhadores.

Esses operários continuam a ser os principais credores da empresa, cujas dívidas se prendem sobretudo com salários em atraso e ascenderiam, no total, a cerca de 14 milhões de euros. "Mas o património total da empresa não é suficiente para pagar a todos os trabalhadores", garante Fernanda Moreira. "O total da venda de bens deve-se ficar por metade desse valor", explica.

Para a dirigente sindical, a solução mais viável para o complexo – que em cerca de 50.000 metros quadrados integra 10 pavilhões, um alpendre e um dormitório com cave e rés-do-chão – seria a sua aquisição pela Câmara Municipal da Feira, à semelhança do que aconteceu com a C&J Clarks de Castelo de Paiva.

"Como a zona do estacionamento e da loja [da Rohde] já é do Estado, a melhor solução era que o resto também ficasse com o mesmo dono", defende Fernanda Moreira. "A Câmara podia muito bem criar lá um complexo empresarial, como o das indústrias criativas, ou criar lá um parque temático", sugere.

A Lusa procurou obter declarações de Conceição Ferreira dos Santos, a gestora judicial que acompanha o processo de insolvência da Rohde. Após o primeiro contacto com fonte do seu gabinete, nenhuma das restantes chamadas telefónicas foi atendida.

Foto: Corbis

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