Prazos do comércio online desmotivam portugueses

Por

Estela Ataíde

Publicado em
27 de jun. de 2018

O e-commerce ganha gradualmente cada vez mais terreno e o mercado português não é exceção, com os compradores nacionais a recorrerem cada vez mais à internet para fazerem as suas compras. No entanto, o estudo Observador Cetelem e-Commerce revela que, na perspetiva dos consumidores portugueses, o comércio online ainda tem algumas arestas a limar.
 

De acordo com o referido estudo, entre os shoppers nacionais os aspetos mais negativos do e-commerce são “a dificuldade em fazer devoluções e o tempo de espera até à receção do produto”, apontados por 38% dos portugueses que fizeram compras online ao longo do último ano. Já o receio de eventuais danos durante o transporte é uma desvantagem mencionada por 32% dos inquiridos deste estudo.
 
Além disso, e apesar do crescimento do e-commerce junto do consumidor português, há ainda quem hesite em concretizar uma compra sem antes ter um contacto direto com o objeto ou serviço em questão, pelo que 26% dos inquiridos apontam este aspeto como uma desvantagem deste tipo de comércio.

Igualmente entre os aspetos negativos do comércio eletrónico, segundo os inquiridos do estudo, estão uma menor confiança na qualidade dos produtos vendidos online (24%), o receio de que os produtos sejam roubados caso o comprador não se encontre em casa no momento da entrega (10%), a necessidade de levantar as encomendas nos correios (9%) e a falta de informação ou receios quanto à segurança nas modalidades de pagamento (13%). Curiosamente, 35% dos inquiridos mencionam precisamente a segurança nas modalidade de pagamento como motivo para optarem pelo e-commerce.
 
Para 16% dos compradores fazem compras na internet, este tipo de comércio não tem qualquer aspeto negativo, revela o estudo do Observador Cetelem, que inquiriu 600 residentes em Portugal Continental com idades entre os 18 e os 65 anos.