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Estela Ataíde
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17 de fev. de 2023
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Prémio LVMH 2023 anuncia 22 semifinalistas

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Estela Ataíde
Publicado em
17 de fev. de 2023

Numa altura em que comemora o seu 10.º aniversário, o Prémio LVMH confirma a sua importância no cenário da moda. Para a sua edição de 2023, o concurso para jovens estilistas, lançado em 2014 pela maior marca de luxo do mundo, recebeu mais de 2400 candidaturas de todo o mundo, contra 1900 no ano passado, e selecionou 22 marcas semifinalistas, oriundas de 15 países. São mais duas marcas em relação às edições anteriores.


Os designers das 22 marques semifinalistas - Prix LVMH


O Prémio LVMH recebe pela primeira vez um criador brasileiro, João Maraschin, radicado em Londres, e uma designer jamaicana, Rachel Scott, com a sua marca Diotima. Esta última, radicada em Nova Iorque, apresentará a sua coleção na fashion week de Milão antes de se juntar em Paris aos restantes jovens talentos selecionados para participar na semifinal. As suas criações serão apresentadas nos dias 2 e 3 de março num showroom físico e, de 1 a 5 de março, em formato digital, no site dedicado lvmhprize.com, onde o público terá a oportunidade, pelo terceiro ano, de votar no seu candidato favorito. Esta votação vale um voto, que se somará aos votos de uma centena de especialistas.
 
Entre os semifinalistas figuram vários nomes que já têm dado nas vistas nas várias capitais da moda. Como o americano de origem dominicana Raoul Lopez, estrela em ascensão da cena nova-iorquina com a sua marca Luar e a sua it-bag Ana, que as celebridades adoram. Lopez não está a dar os primeiros passos, já que cofundou nos anos 2000 uma das primeiras marcas de streetwear de luxo, a Hood By Air. A marca nova-iorquina Karu Research, do indiano Kartik Kumra, nascida em 2021, também já conhece um certo sucesso. O britânico Charlie Constantinou, por sua vez, venceu o prestigiado concurso de Trieste para jovens designers ITS em 2022. O japonês Wataru Tominaga foi o vencedor do Festival de Hyères em 2016, enquanto Paolina Russo é finalista do Woolmark Prize 2023. A estilista canadiana lançou a sua marca homónima em 2020, à qual se juntou em 2022 a francesa Lucile Guilmard.

O sul-coreano Giseok Cho fez primeiro carreira como fotógrafo artístico antes de lançar a sua marca Kusikohc. O italiano Luca Magliano desfila desde 2019 em Milão. A sua compatriota Veronica Leoni, à frente da marca Quira, também se destacou nos últimos anos entre Milão e Nova Iorque. A marca Marrknull, dos chineses Wei Wang e Tian Shi, desfila em Londres. A marca de Taipei Namesake, lançada pelos três irmãos taiwaneses Michael, Richard e Steve Hsieh, destacou-se durante as apresentações em Paris, assim como a coreana Juntae Kim.
 
Dois designers franceses foram selecionados para esta edição. Burc Akyol, de origem turca, que trabalhou nos estúdios da Dior, Balenciaga e Ungaro, e Anne Isabella, de origem dinamarquesa, radicada em Berlim. Por fim, completam a lista o britânico Aaron Esh, a estónia Johanna Parv, radicada em Londres, o chinês Louis Shengtao Chen, bem como as marcas Bettter, da ucraniana Julie Pelipas, Bloke, da nigeriana Faith Oluwajimi, Setchu, da japonesa Satoshi Kuwata, e Stinarand, da sueca Stina Randestad.
 

O vencedor receberá 300 mil euros



Apenas oito dos selecionados chegarão à final. Os seus nomes serão revelados em março, enquanto o Prémio LVMH 2023 será entregue alguns meses depois. O vencedor receberá um prémio de 300 mil euros e o vencedor do prémio especial Karl Lagerfeld outros 15 mil euros. Em ambos os casos, os vencedores beneficiam de um ano de mentoria pelas equipas do grupo de luxo. A LVMH também recompensará, como habitualmente, três jovens recém-formados de uma escola de moda. As suas inscrições estão abertas até 19 de março de 2023.
 
Delphine Arnault, que está na origem do Prémio LVMH e que espera “uma edição de 2023 excecional”,  comenta em comunicado: "Os 22 semifinalistas são todos movidos por uma visão decididamente inovadora e também mostram grande maturidade estilística no seu trabalho. Muitos deles colocam a cultura e o savoir-faire artesanal do seu país de origem no centro da sua abordagem criativa. As questões da ecorresponsabilidade também são importantes, através da utilização de materiais inovadores ou reciclados, através da reflexão sobre um sistema de produção mais local e mais virtuoso. A liberdade de diálogo entre os guarda-roupas feminino e masculino também se confirma, já que nove candidatos propõem coleções sem género.”

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